Monumento Natural Municipal dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca
Os Morros do Pão de Açúcar e da Urca são, desde a fundação da cidade, elementos geográficos marcantes na entrada da Baía de Guanabara, configurando-se em marco natural de sinalização marítima.
Monumento Natural Municipal dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca |
Esfera Administrativa: Municipal |
Estado: Rio de Janeiro |
Município: Rio de Janeiro |
Categoria: Monumento Natural |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 91,5 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto Municipal n.º 26578 DE 1º de junho de 2006 |
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMAC |
Contatos: Endereço: Rua Guimarães Natal, s/n - Copacabana - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 22.011-090
E-mail: monumentonaturaldopaodeacucar@yahoo.com.br |
Índice
Localização
O MONA dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca está localizado no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Como chegar
Para conhecer o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca há três formas de acesso. A primeira forma é através da Pista Cláudio Coutinho, que também dá acesso às trilhas e vias de escalada nos morros do Pão de Açúcar e da Urca.
A entrada da Pista está aberta, diariamente, entre 6h e 18h (horário de verão até às 19h).Outra forma de acesso ao Monumento Natural é através do Bondinho do Pão de Açúcar. O serviço é pago e os preços variam conforme as condições do visitante. Mais informações no site bondinho.com.br.
Existe ainda a opção de visitar o Monumento Natural através de voos panorâmicos. O heliponto se localiza no Morro da Urca e atende também situações de emergência. Mais informações em helisight.com.br
Ingressos
A entrada é gratuita e o acesso fica ao lado da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME), na Praça General Tibúrcio, Praia Vermelha.
Onde ficar
A cidade do Rio de Janeiro possui diversas opções de hotéis em vários bairros próximos ao MONA dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca.
Objetivos específicos da unidade
- Garantir espaços verdes e livres para a promoção do lazer em área natural;
- Conservar, proteger e recuperar o ecossistema de Mata Atlântica existente e o patrimônio paisagístico da área; e
- Garantir a preservação dos bens naturais tombados
Histórico
O conjunto orográfico formado pelos Morros do Pão de Açúcar e da Urca é um dos principais símbolos da Cidade, de projeção nacional e internacional. Um bem natural, que abriga fragmentos de floresta atlântica com espécies ameaçadas de extinção. Com tombamento federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é notável em todo o país e no mundo, com ampla visitação nacional e internacional, devido à belíssima vista da Baía da Guanabara e arredores da Cidade do Rio de Janeiro e de Niterói, que foram fundadas entre o mar e as belas montanhas cobertas pela exuberante Mata Atlântica. O Monumento constitui-se em um dos principais centros de escalada nacional e com reconhecimento internacional. A cidade foi fundada na base entre os Morros do Pão de Açúcar e Cara de Cão, conferindo importância singular na sua história, considerando-se que o Morro do Pão de Açúcar está situado na entrada da Baía da Guanabara, paraíso tropical que extasiou os navegantes portugueses no século XVI e que guarda até os dias de hoje sua rara beleza.
Atrações
Trilha do Morro da Urca: A trilha do Morro da Urca é uma das mais frequentadas de todo o Estado do Rio de Janeiro, com aproximadamente 900 metros de extensão, que liga a Pista Cláudio Coutinho até o topo do morro, onde estão a 2ª e a 3ª estações do teleférico do Pão de Açúcar. É uma trilha fácil, sendo possível atingir o cume com uma caminhada de 20 a 40 minutos. O portão de acesso ao Morro da Urca está aberto, diariamente, entre 8h e 19h!
Trilha Transcarioca: Saindo da Barra de Guaratiba até o Morro da Urca, a Trilha percorre seis unidades de conservação na cidade do Rio de Janeiro e conectando o conjunto de trilhas já existentes, oferecendo um novo circuito turístico, que percorre os principais atrativos naturais, paisagísticos e culturais da cidade maravilhosa com belíssimas praias, restingas, mangues e costões rochosos, além de uma sucessão de ruínas com grande importância histórico-cultural.
Pista Claudio Coutinho: Também conhecida como Caminho do Bem-te-vi, com 1.250 metros de extensão, contorna a base dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca pela face sul. Seu nome é uma homenagem ao ex-treinador da Seleção Brasileira de Futebol, Cláudio Coutinho, antigo formando da Escola de Educação Física do Exército. Ela é utilizada, principalmente, por moradores da cidade que a frequentam para correr, caminhar, acessar as áreas de escalada, pescar e desfrutar de momentos de lazer em ambiente natural. A entrada da Pista está aberta, diariamente, entre 6h e 18h (horário de verão até às 19h).
Escaladas: Para os mais aventureiros o MoNa é um paraíso, pois possui mais de 150 vias de escalada. O Pão de Açúcar é, provavelmente, a montanha mais escalada do Brasil. Além das escaladas nas diferentes faces dos Morros da Urca e do Pão de Açúcar, existem escaladas esportivas em diversas falésias e blocos, a prática de boulder.
Vale lembrar que a escalada é um esporte de risco, de inteira responsabilidade dos participantes e, para ser feito com segurança, deve-se utilizar equipamentos adequados e ter conhecimento sobre a atividade. Caso o visitante não possua habilidades para escalar, deve contratar um instrutor de escalada ou guia de montanha profissional certificado através do site www.aguiperj.org.br.
Aspectos naturais
Solo
No MONA dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca predominam afloramentos de rochas em área de 64,65 ha ou 70,65 % da unidade. Os argissolos, única ocorrência pedológica da unidade de conservação, ocupam 25,71 ha ou 28,10 % do total da UC. As áreas urbanizadas representam 1,25 % da área total da unidade, representando 1,14 ha.
Relevo e clima
O complexo geológico do Pão de Açúcar é formado por três montanhas denominadas Pão de Açúcar, com 395m, Morro da Urca, com 224m e Cara de Cão, com 92m.
Compreendem afloramentos de rochas magmáticas do tipo granítico-gnaissico, considerados um dos mais famosos sítios geológicos do país, com cerca de 560 milhões de anos de cristalização. Em 2000, durante o 31º Congresso Geológico Internacional, estas montanhas rochosas foram reconhecidas como marco geológico do ponto de colisão e fusão/amalgamação dos continentes africano e sul-americano, que formaram o supercontinente Gondwana no seu lado ocidental.
Clima
A UC está incluída na região delimitada como subtipo Aw, indicando clima tropical com uma estação seca em que a precipitação média mensal é inferior a 60 mm em pelo menos um mês por ano, na época de sol mais baixo e dias mais curtos (inverno). Segundo o INMET, na cidade do Rio de Janeiro, observa-se uma amplitude da temperatura média mensal de 5,2oC, com máximas médias de 26,6oC, em fevereiro e, 21,4oC em julho.
Fauna e flora
Fauna
O Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca, com seus 91,5 ha de mata atlântica, possui uma variada fauna, com ênfase na avifauna. Em sua vegetação típica de costões rochosos, cercada pelo mar e pela zona urbana, podemos encontrar répteis como o lagarto teiú e o calango; insetos como a borboleta-azul e a lavadeira-vermelha; mamíferos como o morcego, o gambá e o mico-estrela; anfíbios como a perereca-de-bromélias e a rã-das-pedras; e aves como o tiê-sangue, o beija-flor-de-fronte-violeta, a jacupemba o urubu-de-cabeça-preta, e o sabiá-laranjeira.
Flora
O MoNa Pão de Açúcar encontra-se inserido no bioma Mata Atlântica, e próximo não só às florestas ombrófilas úmidas, como aos cordões arenosos costeiros denominados restingas. Tais características, associadas à topografia irregular das rochas, proporcionam uma grande diversidade de micro-habitats e riqueza de vegetação a estes afloramentos.
Deste modo, podem ser observadas na área plantas herbáceas como Phyllanthus subemarginatus, arbustos como Tibouchina corymbosa, palmeiras como Syagrus romanzoffiana, árvores como Ceiba speciosa, epífitas Tillandsia stricta e trepadeiras como Smilax rufescens.
Embora apresentem espécies com distribuição ampla, na maioria dos biomas brasileiros, algumas plantas são endêmicas das montanhas rochosas do Rio de Janeiro, entre elas muitas raras ou em via de extinção. A localização essencialmente urbana destas montanhas rochosas tem contribuído para a invasão de espécies exóticas, ou seja, não consideradas típicas deste ecossistema ou região. Tais espécies competem com as espécies nativas por espaço, muitas vezes de forma agressiva, como bambu, Bambusa vulgaris, originário da China, e a jaqueira, Artocarpus heterophyllus, originaria da Índia.
Problemas e ameaças
- Equipe de fiscalização da UC insuficiente;
- Infraestrutura de apoio inexistente;
- Ocorrência de atividades predatórias que ocasionam incêndios e danos à vegetação;
- Presença de espécies exóticas (fauna e flora).