Floresta Nacional de Ibirama

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Floresta Nacional de Ibirama
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Santa Catarina
Município: Apiúna (SC), Ibirama (SC)
Categoria: Floresta
Bioma: Mata Atlântica
Área: 519,35 hectares
Diploma legal de criação: Decreto nº 95.818 de 11 de março de 1988
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

CR9 – Florianópolis

Contatos:

Gestor: Homero de Oliveira Salazar Filho
Endereço: Ribeirão Taquaras, S/N, CXP 81
CEP: 89140000
Bairro: Taquaras
UF: SC
Cidade: Ibirama
Site:
Telefone: (47) 33579064
E-mail: flonaibirama.sc@icmbio.gov.br

Localização

A Floresta Nacional de Ibirama está localizada na região do Vale do Itajaí que fica na porção leste do estado de Santa Catarina. A área da Floresta Nacional de Ibirama abrange três municípios: Ibirama, Apiúna e Ascurra. O primeiro pertence à região do Alto Vale do Itajaí e os dois últimos ao Médio Vale do Itajaí. Do total dos 570,58 hectares, aproximadamente 4,5 % (25,68 ha) estão localizados no município de Ibirama e 1,1 % (6,27 ha) no município de Ascurra, sendo que a maior parte, 94,4 % (538,63 ha), localiza-se no município de Apiúna.

Como chegar

O acesso à sede da Floresta Nacional de Ibirama é feito por via terrestre, partindo-se da cidade de Ibirama, aproximadamente sete quilômetros pela estrada geral de Ribeirão Taquaras.

A unidade é cortada por duas rodovias municipais sem pavimentação, uma que faz a ligação entre a cidade de Ibirama e a Comunidade de Ribeirão Taquaras, onde a sede da FLONA se localiza e outra partindo da sede da FLONA seguindo em direção à cidade de Apiúna. Nessa segunda estrada, apesar de ser pública municipal, o acesso é restrito, uma vez que existem dois portões que permanecem trancados. Existem outras estradas vicinais, estradas de roça e trilhas que fazem a ligação da área da FLONA com as propriedades confrontantes e a zona de entorno.

O acesso aos limites norte e nordeste é feito por estradas vicinais e estradas de roça, partindo-se da localidade de Ribeirão Guaricanas (Ascurra). O acesso aos limites sul, sudoeste e leste é feito pela estrada municipal para Apiúna, por trilhas internas e estradas de roça de conservação bastante precária. O acesso aos limites oeste e noroeste é feito por estrada municipal, estradas vicinais e de roça.

Ingressos

Situação da visitação: Aberto

Observações da Visitação: Visitação conforme demanda, sem cobrança de ingresso. Demanda pequena.

Período para a visitação: Terça a Domingo, 08:00 as 17:00

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Histórico

A Floresta Nacional de Ibirama teve origem com a criação do Horto Florestal de Ibirama que ocorreu na década de 1950 pelo Instituto Nacional do Pinho (INP). Esse instituto foi criado em 1941 com o objetivo de contribuir para o reflorestamento nas zonas de produção de pinho, motivado pelo crescente setor econômico que utilizava recursos florestais como matéria-prima ou como fonte energética, causando a destruição das florestas nativas, principalmente de pinheirais, situados na Região Sul do Brasil.

Naquele período foram criados hortos florestais nos estados produtores naturais de pinho − Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul − e instalados viveiros para a produção de mudas de árvores para posterior replantio. A implantação dos diversos hortos florestais em Santa Catarina teve por objetivo colocar em prática alternativas para suprir a falta de recursos florestais, através da reposição da cobertura vegetal, feita com o plantio de determinadas espécies nativas e exóticas, conforme a política determinada pelo INP, a partir da aquisição de áreas específicas para fins de reflorestamento.

O Horto Florestal de Ibirama teve sua implantação efetuada em 1952 . O Horto de Ibirama era também denominado estação florestal e teve sua área adquirida, em partes, por meio de leis estaduais. O estado de Santa Catarina fez a doação das terras do Horto Florestal ao IBDF pela Lei nº 3.989 de 12/6/1967, logo após sua criação, e no dia 29/4/1968 fez a transferência, por meio de título definitivo, da área de 3.878.870,10 m² (387,870 ha) de terras devolutas, que passa então a ser administrada por esse órgão federal.

O nome do horto florestal foi alterado pelo Decreto Federal nº 95.818 de 11/3/1988, quando o local passou a denominar-se Floresta Nacional de Ibirama, sendo que o IBDF assumiu a responsabilidade de tomar as devidas providências para sua efetiva implantação e controle. Com a extinção do IBDF em 1989 e a criação do Ibama, este absorve os bens do órgão extinto e o sucede, em linhas gerais, quanto às responsabilidades.

Atrações

Aspectos naturais

Relevo e clima

Relevo

A FLONA apresenta um relevo de dissecação montanhoso situado no limite oriental da cobertura sedimentar da Bacia do Paraná e do embasamento cristalino do leste catarinense. Os arenitos lito-feldspáticos e conglomerados pré-cambrianos da Formação Gaspar do Grupo Itajaí em contato por falha com o Complexo Granulítico de Santa Catarina formam o essencial do substrato do domínio da FLONA. Os folhelhos da Formação Rio do Sul de idade permiana constituem as colinas residuais mais elevadas. O resultado permitiu precisar a extensão de fácies locais das rochas descritas nos mapas geológicos de referência.

Situado a montante da bacia hidrográfica do Ribeirão do Coxo, afluente do Rio Itajaí ou Itajaí-Açu, o domínio da FLONA de Ibirama encontra-se no limite ocidental do maciço antigo pré-cambriano de Santa Catarina e da unidade geomorfológica dos Patamares do Alto Rio Itajaí desenvolvidos sobre os sedimentos permianos da Bacia do Paraná (Anexo 7, Volume III). O relevo da FLONA e de seus arredores apresenta uma intensa dissecação de superfícies e formas aguçadas bem visíveis.

Clima

O clima da região onde se localiza a Floresta Nacional de Ibirama é classificado como Cfa, segundo Köeppen, ou seja, Subtropical Constantemente Úmido, sem estação seca, com verão quente (temperatura média do mês mais quente maior do que 22 ºC). Segundo Braga e Ghellre (1999), apud Epagri (2003), o clima é mesotérmico brando com temperatura do mês mais frio maior do que 13 ºC e menor do que 15 ºC.

A temperatura média anual varia de 17 ºC a 19,1 ºC. A temperatura média das máximas varia de 23,5 ºC a 26 ºC, e das mínimas de 11,8 ºC a 15,4 ºC. A precipitação pluviométrica total anual pode variar de 1.320 mm a 1.640 mm, com o total de dias de chuva anual entre 130 e 165, podendo também ocorrer eventualmente precipitação de granizo. A umidade relativa do ar pode variar de 83 % a 85 %.

Podem ocorrer, em termos normais, de 2,8 a 7,7 geadas por ano. A quantidade de horas em que a temperatura é igual ou abaixo de 7,2 ºC varia de 164 a 437 horas por ano. Nessa sub-região, a insolação total anual varia entre 1.566 e 1.855 horas (EMBRAPA, 1998).

Fauna e flora

Fauna

Foram identificadas algumas espécies de fauna rara, ameaçada, em extinção e de interesse para a conservação, listadas a seguir:

  • Puma concolor − conhecida popularmente como suçuarana, pertence à família Felidae. Embora não tenha ocorrência comprovada na área da FLONA de Ibirama, a literatura cita a sua existência, havendo inclusive relatos da observação na região por moradores locais. A suçuarana consta na lista oficial da fauna em extinção (Anexo 14, Volume III);
  • Lutra longicaudis − conhecida popularmente como lontra, da família Mustelidae, tem presença comprovada na área da UC. É uma espécie que consta na lista oficial da fauna brasileira em extinção;
  • Myotis ruber − com nome popular de morcego-borboleta-avermelhado, pertencente à família Vespertilionidae, não tem ocorrência comprovada para a Floresta Nacional. A espécie consta na lista oficial da fauna em extinção;
  • Tinamus solitarius − nome popular macuco. A espécie consta na lista oficial da fauna brasileira em extinção e tem ocorrência comprovada na FLONA de Ibirama;
  • Leucopternis polionotus − gavião pombo-grande. A espécie consta na lista oficial da fauna brasileira em extinção e tem ocorrência comprovada na FLONA de Ibirama.

Flora

Originalmente, toda a área da FLONA de Ibirama era ocupada pela Floresta Ombrófila Densa, inserida no bioma Mata Atlântica.

Segundo o IBGE (2004b), a vegetação nativa da área da FLONA é classificada como Floresta Ombrófila Densa Submontana e Floresta Ombrófila Densa Montana. A vegetação do tipo Floresta Ombrófila Densa Montana ocupa principalmente a porção norte da UC onde ocorrem as áreas de maiores altitudes, próximo ao local conhecido como Morro do Rinco.

Problemas e ameaças

Fontes

CNUC

ICMBio

Plano de Manejo