Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba
A Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (APA de Guaraqueçaba) foi criada em janeiro de 1985, e está toda inserida nas Reservas da Biosfera do Vale do Ribeira e da Serra da Graciosa e faz parte da maior área contínua de remanescentes de Mata Atlântica.
Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Parana |
Município: Antonina, Campina Grande do Sul, Guaraqueçaba, Paranaguá |
Categoria: Área de Proteção Ambiental |
Bioma: Marinho Costeiro |
Área: 282446,36 |
Diploma legal de criação: Dec nº 90.883 de 31 de janeiro de 1985 |
Coordenação regional / Vinculação: CR9 – Florianópolis/SC |
Contatos: Endereço: Praça Carlos Cavalcanti, 48 - Estação Ferroviária, Centro - Antonina/ PR - CEP 83.370-000 Base avançada: Rua Paula Miranda, 10 – Guaraqueçaba/PR Telefone: (41) 3432-2739 |
Índice
Localização
A Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba está localizada na porção norte da Microrregião do Litoral Paranaense. Engloba o Município de Guaraqueçaba e parte dos Municípios de Antonina e Paranaguá, e uma pequena área do município de Campina Grande do Sul, no Primeiro Planalto Paranaense.
Como chegar
Ingressos
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Criada de assegurar a proteção de uma das últimas áreas representativas do Bioma Mata Atlântica, do complexo estuarino da Baía de Paranaguá, dos sítios arqueológicos, das comunidades caiçaras integradas no ecossistema regional, bem como controlar o uso de agrotóxicos e estabelecer critérios racionais de uso e ocupação do solo na região.
Histórico
Por iniciativa do Governo Estadual, a partir de 1980 a região passou a constituir-se em Área de Interesse e Proteção Especial com vistas à proteção de Áreas e Locais de Interesse Turístico alí existentes.
Em 1991 a UNESCO declarou a região da Serra do Mar, em território paranaense e parte da planície litorânea, como Reserva da Biosfera. O ato protetivo estendeu-se aos demais Estados brasileiros onde há ocorrência da Mata Atlântica. Em 1992, o Governo do Estado instituiu a Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba.
Atrações
Aspectos naturais
Em relação à Baía de Paranaguá, esta é marginada por planícies constituídas de sedimentos inconsolidados do Pleistoceno Superior e do Holoceno.
Relevo e clima
A APA de Guaraqueçaba, sob o aspecto fisiográfico, abrange três grandes unidades de paisagem natural: planaltos, altas serras e região litorânea. Esta última, que abrange 82% da APA, pode ser subdividida em três sub-regiões: serras, planícies e baías.
Fauna e flora
Fauna
A APA de Guaraqueçaba abriga uma infinidade de endemismos (espécie própria de uma determinada região) em vários grupos. É também um dos últimos redutos para várias espécies raras e ameaçadas. Por essas características, a região constitui-se em um banco genético de importância. Espécies como a jacutinga, o macuco, o jaó-do-litoral, o curió e o papagaio-de-cara-roxa estão entre as principais espécies de aves ameaçadas na região. Dentre os mamíferos destacam-se a paca, a anta, a onça-pintada e demais felinos, o bugio, o mico-de-cara-preta, o boto e a ocorrência, na região, do jacaré-de-papo-amarelo, da tartaruga-de-pente e da tartaruga-de-couro, entre os répteis.
Flora
São encontradas na APA de Guaraqueçaba, dois ambientes fisionômica e ecologicamente distintos: as áreas de formações pioneiras e a região da Floresta Ombrófila Densa. Formações pioneiras são as formações que ocorrem em ambientes revestidos por vegetação de primeira ocupação, que se instala sobre áreas pedologicamente instáveis, devido às constantes deposições sedimentares ao longo do litoral, nas margens dos cursos d'água, lagunas, lagoas e pântanos. São áreas influenciadas pelas águas do mar, dos rios ou pela ação combinada de ambos. Na APA de Guaraqueçaba este tipo de vegetação é observado no interior das baías, geralmente na base dos morros isolados que se inclinam para o mar, sem, portanto, estarem sujeitos à rebentação das ondas. A vegetação adjacente às rochas é a de floresta ombrófila densa, em grande parte alterada por antropismos.
A região de floresta ombrófila densa pertinente à APA de Guaraqueçaba, especialmente a das terras baixas e a submontana sofreu, a partir de meados do século passado, intensa intervenção humana, apresentando-se quase que totalmente substituídas por estágios secundários.
Problemas e ameaças
Atualmente, entretanto, as atividades antrópicas ali executadas estão provocando uma queda progressiva da biodiversidade. Os principais fatores que levam as espécies ao risco de extinção são a caça, a retirada de indivíduos para o comércio e a destruição de habitats, com a destruição ou descaracterização de grandes porções de floresta primária.
Fontes
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/pm_apa_guaraquecaba.pdf