Parque Estadual de Itapeva

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O Parque Estadual de Itapeva está localizado no município de Torres, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina. Possui área aproximada de 1 mil hectares e está localizado em área do bioma Mata Atlântica. Tem como principais objetivos proteger ecossistemas e espécies da fauna e flora raros e ou ameaçados, e promover atividades de pesquisa científica, educação ambiental e turismo ecológico. Abriga um variedade completa de ecossistemas litorâneos - mar, dunas, vegetação de restinga, campos secos e alagados, banhados e turfeiras e Mata Paludosa (floresta formada sobre solos bastante úmidos). Criado pelo Decreto Estadual n° 42009, de 12 de dezembro de 2002, o parque tem o importante papel de conservar um dos últimos remanescentes da paisagem característica da planície litorânea do Estado e toda a biodiversidade a ele associada, o que inclui espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

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Parque Estadual de Itapeva
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Rio Grande do Sul
Município: Torres
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1000 ha
Diploma legal de criação: Criado pelo Decreto nº 42009, de 12/12/2002.
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-SEMA/RS
Contatos: Unidade de Conservação:

Endereço: Av. Castelo Branco, esquina com Hermenegildo Torres, s/n° - Igra Norte - Torres/RS CEP: 95.560-000

E-mail: 1. peitapeva@sema.rs.gov.br

Telefone: 1. (51) 3626-3561

51-36263561

peitapeva@sema.rs.gov.br

Localização

O Parque Estadual de Itapeva (PEVA) está localizado no Município de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, entre o Balneário Itapeva, ao sul, a Estrada do Mar (RS-389), a oeste, o oceano Atlântico, a leste, e a zona urbana do município de Torres, ao norte.

Como chegar

As vias de acesso principais são a rodovia federal BR-101 e a rodovia estadual RS-389 (Estrada do Mar). A primeira dá acesso ao Norte do país, bem como ao sul, na altura do município a Osório, onde se acessa a auto-estrada Marechal Osório (BR-290), que conecta o Litoral Norte à capital do Estado.

Ingressos

Não há uso público ativo, somente trilhas para atividade de educação ambiental sem cobrança.

Onde ficar

Hotéis e pousadas no entorno.

Objetivos específicos da unidade

Conservação dos recursos naturais existentes na formação Mata Atlântica do Rio Grande do Sul, incluindo espécies da fauna e flora silvestres dos ecossistemas de dunas, banhados, mata paludosa e mata de restinga, estando presentes na área do Parque animais ameaçados de extinção, segundo a Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul (Decreto no 41.672, de 11 de junho de 2002), tais como a lagartixa-da-praia (Liolaemus occipitalis), o arapaçu-liso (Dendrocincla turdina), a galinha-do-mato (Formicarius colma), a choquinha-cinzenta (Myrmotherula unicolor) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla).

Histórico

O Parque Estadual do Itapeva (PEVA) foi criado pelo Decreto nº 42009, de 12/12/2002 e a sua criação se justifica pela abrangência da UC que inclui o gradiente mar–dunas móveis–dunas fixadas por restinga–banhados–áreas alagáveis–mata paludosa, sendo que o principal agente de transformação do solo é o vento, através de um contínuo transporte de areia. Os ecossistemas representados neste gradiente, característicos da faixa litorânea do Rio Grande do Sul, encontram-se extremamente alterados ou até mesmo suprimidos na maior parte do litoral norte do Estado, sendo o PEVA um dos últimos, senão o último, remanescente de área a preservar os ecossistemas que compõem este gradiente e sua biodiversidade associada, a qual apresenta espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

Atrações

Atualmente, é possível visitar o Parque por meio de uma trilha guiada no Morro de Itapeva. O agendamento pode ser feito através do WhatsApp (51) 3626-3561. A trilha do Morro é um percurso de 1100 metros de caminhada a pé por ambientes de Mata de Morro, Dunas Interiores móveis, mata de restinga, baixadas úmidas e faixa de praia - importantes ambientes naturais do litoral gaúcho em preservação. Durante o passeio os visitantes receberão informações sobre história e cultura local, geomorfologia, gestão pública ambiental, monitoramento de espécies ameaçadas de extinção, atividades de educação ambiental e pesquisa científica, plano de uso público, entre outros. O passeio dura 02 horas e pode ser feito por adultos e crianças de forma completamente gratuita.

Aspectos naturais

O PEVA está inserido na Província Atlântica que abrange as diversas formações relacionadas ao Domínio da Mata Atlântica. A Unidade de Conservação situa-se na zona de justaposição das Áreas de Formações Pioneiras com Influência Marinha (Restingas) e da Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (Mata Atlântica de planície).

A paisagem da região onde se insere o PEVA é caracterizada pela presença de depósitos sedimentares marinhos, lagunares, eólicos e aluvionares do período Quaternário (Pleistoceno e Holoceno).

Relevo e clima

O relevo do PEVA abrange algumas colinas rochosas.

O clima caracteriza-se como o subtropical úmido.

Fauna e flora

Na flora, são encontradas grandes figueiras (Ficus sp), palmiteiros (Euterpe edulis), uma grande variedade de orquídeas (como a baunilha – Vanilla sp, e a chuva-de-ouro – Oncidium sp) e de bromélias (como a barba-de-pau - Tillandsia usneoides - e os cravos-do-mato Tillandsia sp). Além destas, pode-se citar ainda as plantas carnívoras (Drosera sp e Utricularia sp), os butiazais (Butia catarinenses) e o buriti (Tritrhinax brasiliensis).

A fauna apresenta grande diversidade, algumas espécies de aves, como: a rendeira e o acauã, mamíferos, o mico-prego (Cebus sp.), o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) e várias espécies de cuícas. A área ainda abriga diversas espécies presentes na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Rio Grande do Sul, como o macuquinho (Scytalopus indigoticus), pequeno pássaro que vive oculto em locais com vegetação baixa e densa, o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus dorsalis), pequena rã que apresenta em torno de dois centímetros de comprimento, e a lagartixa-das-dunas (Liolaemus occipitalis), um lagarto pequeno, de hábito terrícola, que ocorre exclusivamente em ambientes arenosos, apresentando coloração críptica em relação à areia.

Problemas e ameaças

_ Ocorrem no PEVA pelo menos 67 espécies de plantas vasculares ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul;

_ Extrativismo ilegal;

_ Drenagens que alteram o nível do lençol freático, modificando completamente as condições abióticas dos diferentes ambientes e, por conseguinte, a dinâmica descolonizações/extinções e o balanço das interações competitivas planta-planta;

_ No PEVA têm 21 espécies da fauna ameaçadas de extinção;

_ Caça ilegal;

_ Com relação ao pessoal, existe uma enorme carência em termos de administração, manutenção e fiscalização/vigilância.

Fontes

http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs/consulta-por-uc

http://www.sema.rs.gov.br/upload/Plano_manejo_PEItapeva.pdf

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