Parque Estadual Guariba
O Parque Estadual Guariba faz parte do Mosaico do Apuí, uma área com mais de 2 milhões de hectares formada por 9 unidades de conservação. Com a criação deste grande corredor ecológico, o governo tenta estabelecer uma barreira contra o crescimento do arco do desmatamento e a expansão da fronteira agrícola no sul do Amazonas.
Parque Estadual Guariba |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Amazonas |
Município: Novo Aripuanã e Colniza |
Categoria: Parque |
Bioma: Amazônia |
Área: 71100,2 |
Diploma legal de criação: Portaria nº 055/2010, de 23/03/2010 |
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas |
Contatos: Av. Mário Ypiranga Monteiro, Nº 3280 - Parque Dez de Novembro - Manaus/AM - CEP: 69.050-030
E-mail: demuc.sema@gmail.com Telefones: (92) 3642-4607, (92) 3642-8807, (92) 3643-2338 e (92) 3236-5503 |
Índice
Localização
Contíguo aos Parque Nacional do Juruena e Parque Nacional dos Campos Amazônicos, num corredor de mais de 9 milhões de hectares de áreas protegidas conhecido como Corredor Meridional de conservação da Amazônia. Região de forte pressão de desmatamento pela expansão da fronteira agrícola sobre a Amazônia brasileira.
Como chegar
O Parque Estadual Guariba faz parte do Mosaico do Apuí, que se encontra em uma região de difícil acesso. Na cidade de Apuí há um aeroporto simples com uma pista de 1000 m e sem iluminação, permitindo apenas pousos diurnos.
Carreadores à direita do Rio Roosevelt já permitem o acesso à RESEX do Guariba e ao Parque Esadual Guariba.
Ingressos
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas, desenvolver as atividades de educação, interpretação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico, dentre outros.
Histórico
Os decretos de criação das nove unidades de conservação estaduais no sul de Amazonas foram publicados, após assinatura pelo governador do Estado do Amazonas, nos meses de janeiro e junho de 2005. Como já apresentado, a forte pressão que vem sido exercida pela ocupação desordenada e o avanço do desmatamento desde os Estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará, área conhecida como o Arco do Desmatamento, motivou em grande medida a criação dessas nove unidades de conservação no sudeste do Amazonas.
Atrações
Aspectos naturais
Solo
As classes de solos que predominam são Latossolos Amarelos e Vermelhos-Amarelos (argiloso); Argissolos Amarelos e Vermelho-Amarelos (Podzólicos; argiloso); Plintossolos e Neossolos (Quartzênicos e Litólicos; areias quartzosas e afloramentos de rocha. Solos arenosos aparecem também do outro lado nas regiões próximas aos Campos Amazônicos
Geologia
Apresenta Formação Palmeiral (MNPp) Compõe-se principalmente de orto e paraconglomerados, arenitos ortoquartzíticos e feldspáticos e secundariamente argilitos, horizontes tufáceos e quartzitos (dinamometamórficos); preenchendo geralmente depressão tectônica tipo graben.(Proterozóico Mesoproterozóica, Sedimentar clástica).
Hidrologia
Encontra-se no interflúvio Madeira-Tapajos
Relevo e clima
Relevo
A unidade apresenta relevos residuais bastante dissecados, com declives acentuados, muitas vezes apresentando matacões em suas vertentes e exibindo topos geralmente aguçados. A alteração de diferentes litologias do embasamento gerou certa diversidade pedológica, onde predominam solos Podzólicos com ocorrências localizadas de Solos Litólicos e Afloramentos Rochosos.
Clima
O Mosaico do Apuí fica no contacto climático entre a região quente-úmida, porém sazonal do Brasil Central, onde predominam os cerrados e as florestas semi-decíduas e a região quente e úmida com período seco mais curto ou ausente, onde ocorrem as florestas e os campos ombrófilos ("amigos da chuva") da bacia Amazônica.
A área compreendida pelo Mosaico apresenta uma variação de temperatura anual média de 25º a 27º C.
Fauna e flora
Fauna
Com uma das maiores biodiversidades da Amazônia, a região ficou famosa pela alta diversidade de primatas na região da bacia do Aripuanã. São conhecidas mais de 13 espécies de primatas endêmicas da região.
Outra particularidade é a presença de espécies do Cerrado, que ocorrem associadas às grandes manchas de campos e campinas, como as populações de cervo encontradas no Parque Estadual do Guariba.
Flora
Segundo dados do RADAM Brasil sobre o qual o mapa indica a presença de Floresta Ombrófila Aberta Terras com palmeiras, algumas espécies registradas em 2008: 117 espécies de hábitos de crescimento distintos, distribuídas em 100 gêneros e 49 famílias botânicas (Cerrado. Das espécies registradas, 74 apresentam hábito arbóreo-arbustivo, 37 são herbáceas, duas são palmeiras e uma é herbácea hemi-epífita (erva de passarinho). No componente arbóreo foram registrados 240 indivíduos com diâmetro (DAP) espécies acima de 5 cm de diâmetro a 30 cm de altura do solo, distribuídos em 38 espécies, 33 gêneros e 23 famílias.
Problemas e ameaças
A principal ameaça que existe sobre a fauna do Mosaico do Apuí é a perda de ambiente devido a forte pressão existente por parte de grileiros de terras nas áreas do Mosaico.
O garimpo de ouro e diamante é atividade freqüente nos rios da região. Na área do Mosaico e entorno (principalmente no Mato Grosso) existem diversos garimpos e pistas de pouso.
Fontes
https://documentacao.socioambiental.org/ato_normativo/UC/2364_20160901_112248.pdf
http://br.viarural.com/servicos/turismo/parques-estaduais/parque-estadual-do-guariba/