Parque Estadual de Monte Alegre

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O Parque Estadual de Monte Alegre (PEMA) é uma das 5 UCs de Proteção Integral do Estado do Pará. Sua criação se deu através da Lei Estadual n°. 6.412, de 09 de novembro de 2001. O processo descrito a seguir trata da criação da unidade que foi a primeira UC criada no Pará com a participação da sociedade local.

A proposta do Governo do Estado do Pará para a criação de UC em Monte Alegre é resultado de estudos realizados desde o final da década de 1988, pelo IDESP. Na ocasião, 32 municípios do estado seriam contemplados com a criação de UC de diferentes categorias de manejo e com áreas contíguas entre os municípios. Para o município de Monte Alegre foi proposta a criação de três UC de diferentes categorias de manejo.


Mapa disponível no link https://rennan86.carto.com/viz/1d2c68e8-7293-11e5-ad61-0e98b61680bf/public_map

Parque Estadual de Monte Alegre
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Para
Município: Monte Alegre
Categoria: Parque
Bioma: Amazônia
Área: 20.400 Km2
Diploma legal de criação:
Coordenação regional / Vinculação:
Contatos:

Localização

O município de Monte Alegre está localizado na porção noroeste do Estado do Pará e pertence à Mesorregião do Baixo Amazonas, Microrregião de Santarém, entre as coordenadas de 000 22’52’’ de latitude norte e 020 25’34’’ de latitude sul, e 530 41’10’’ e 540 54’13’’ de longitude oeste. Limita-se o município ao norte com os municípios de Almeirim e Alenquer, ao sul com os municípios de Santarém e Prainha, a leste com os municípios de Prainha e Almeirim, a oeste, com o município de Alenquer, ocupando uma área aproximada de 20.400 Km2. A atual configuração do município de Monte Alegre foi estabelecida com base na Lei Estadual nº. 158, de 31/12/48. O PEMA está inserido em sua totalidade de extensão na APA Paytuna, ambos localizados dentro dos limites municipais.

Como chegar

Para se chegar ao PEMA, usa-se como base a cidade de Monte Alegre. É possível chegar até lá a partir de Santarém, que está ligada à Belém através de vôos comerciais diários, em aviões dos tipos Boeing 727 e outros de menor porte. Para a travessia entre Santarém e Monte Alegre, pelo rio Amazonas existem embarcações do tipo barco motor e lanchas rápidas que cobrem diariamente (à exceção de domingo), este percurso com duração de viagem de 6 horas e 4 horas, respectivamente. Há também uma balsa que sai diariamente de Santarém (exceto aos domingos), transportando pessoal e veículos, inclusive ônibus de passageiros, levando 2,5 horas para realizar o percurso Santarém/Santana do Tapará. Dali, através da rodovia PA-255, a cidade de Monte Alegre é acessada num tempo aproximado de 1,5 h.

Por via fluvial a partir de Belém, leva-se cerca de 43 horas em navios da ENASA. Pode-se chegar também a Monte Alegre diretamente de Belém por via aérea, em aviões a jato ou bimotores que cobrem irregularmente este trecho.

Ingressos

Onde ficar

As pousadas e hotéis de Monte Alegre variam entre R$ 80 e R$150, de acordo com o número de ocupantes.

Objetivos específicos da unidade

Histórico

Atrações

Gruta Itatupaoca ou Gruta da Capela - A gruta de Itatupaoca, com 56m de desenvolvimento, está localizada na encosta sul da serra do Ererê, a cerca de 37 Km da cidade de Monte Alegre. Está aproximadamente a 120m de altitude em relação ao rio Amazonas. A entrada da Gruta Itatupaoca mede cerca de 9,5m de altura, dividida na metade inferior por uma trave rochosa, resíduo da ação erosiva. A forma majestosa de entrada desta gruta chamou a atenção de Wallace (1939) que a descreveu e de Katzer (1933) que a desenhou. Katzer (1933) comentou a origem do nome indígena Itatupaoca (casa rochosa de Deus ou igreja de pedra) e descreveu o primeiro salão, com 32m de desenvolvimento. Quanto a sua gênese, este autor atribuiu à ação erosiva de fontes que ali brotaram associadas ainda a friabilidade e permeabilidade da rocha.

Gruta do Miritiepé - A Gruta do Miritiepé, com 87 m de desenvolvimento, está localizada no flanco norte-ocidental da serra do Paytuna, aproximadamente a 38 Km da cidade Monte Alegre. Está a 60m de altitude em relação ao rio Amazonas. A entrada dessa gruta desenvolve-se acompanhando a direção de duas grandes fraturas N-S, condicionando o seu formato proeminentemente alinhado e retilíneo. A fratura da esquerda evoluiu para uma fenda com 2 m de largura por de 6m de altura, formando um extenso corredor a céu aberto. Na galeria principal, com cerca de 2,5 m de largura por 2,5 m de altura e uma extensão de 32 m, a luz penetra abundantemente. No final dessa galeria encontra-se o salão das Folhas. Esse salão mede 13 m de comprimento por 8 de largura e 6 m de altura, perdendo um pouco sua forma retilínea, dando lugar a uma forma grosseiramente elíptica. No fundo do salão das Folhas, encontra-se uma passagem com 2 m de largura, que dá acesso ao salão da Saída. Este salão é aproximadamente plano, situado em uma cota superior a 3,5 m em relação a entrada da gruta. A sua forma é grosseiramente circular, medindo entre 10 a 12 m de diâmetro por 2,5 m de altura, a qual baixa bruscamente até 1 m em direção da saída, localizada a oeste. Próximo a esta passagem encontra-se um orifício que dá acesso a um salão isolado denominado “Escondidinho”, medindo 15 m de comprimento.

Gruta do Labirinto - A Gruta do Labirinto, com mais de 90 m de desenvolvimento, está localizada no flanco oeste da serra do Paytuna, distando 40 Km da cidade de Monte Alegre. Está a 40 m de altitude em relação ao rio Amazonas. A entrada principal dessa gruta, com 9 m de largura por 4 m de altura, está situada na base de uma escarpa acidentada e abrupta. Esta dá acesso a um salão circular (salão das Cobras), com 10 m de diâmetro por 4m de altura. O salão das Cobras segue para sul com um suave declive, mantendo um desnível de 1,5 m negativos em relação a entrada principal, chegando a Entrada das Pacas. A direita da entrada principal, em meio a um aglomerado de blocos rochosos, encontra-se a passagem para o salão da Confusão. Este salão com desenvolvimento N-S, mede 12,4 m de comprimento por 3m de largura e 4m de altura. O segundo piso da gruta do Labirinto apresenta-se bem iluminado, com grande quantidade de blocos rochosos. Esses blocos denunciam desmoronamentos em tempos recentes, que podem ser os principais responsáveis pela gênese dessa seção da gruta. No rumo norte atinge-se uma passagem na encosta da serra com aproximadamente 2,5 m de largura, localizada acima e a esquerda da entrada principal. Através de uma abertura na porção oeste pode-se alcançar o topo da serra. Para sul, encontra-se um conjunto de estreitas fraturas que tendem a deflexionar para oeste propiciando múltiplos caminhos, um dos quais atinge o topo da serra a noroeste de sua entrada.

Gruta da Pedra Pintada - A Gruta da Pedra Pintada, com 89m de desenvolvimento, está situada no flanco oriental da serra do Paytuna, distando 42 Km da cidade de Monte Alegre. Está a 120m de altitude em relação ao rio Amazonas. No salão de entrada, à direita, uma fratura com rumo S30E forma um estreito e baixo túnel com altura do teto variando de 2m até 0.5m (no final). No fundo deste salão está uma entrada de forma semicircular medindo 5m de diâmetro que, marcada por blocos rochosos soltos, origina um desnível de 1,7m para o salão seguinte (Clarabóia). O Salão da Clarabóia possui uma forma alongada de 10m de comprimento por 5m de largura e teto abaulado com aproximadamente 5m de altura. Esse salão dá acesso a um corredor sinuoso encaixado em fraturas com direção preferencial 330Az. Na extremidade esquerda do corredor sinuoso, há uma janela com 1,6m de altura que dá acesso a um pequeno salão iluminado, com abertura para a encosta da serra. Na extremidade direita desse corredor encontra-se outra cavidade que dá acesso a mais um pequeno salão (Vespa).

Esta gruta é a mais impactada do PEMA. A região que foi estudada pela arqueóloga Ana Roosevelt e amplamente divulgada atrai turistas e muitos curiosos.

Serra da Lua – Trata-se do sítio mais divulgado. Imagens desse sítio correm o mundo através da internet, cartões-postais e material de divulgação produzido pelos Governos Estadual e Municipal. As pinturas desse sítio se estendem por mais de 200 metros ao longo de um paredão na Serra do Ererê, no entanto, a maioria dos visitantes se detém apenas a observar o painel que é divulgado pela mídia. Poucos se aventuram a visitar os demais painéis seja porque os desconhecem, seja pelas dificuldades de acesso até eles. Qualquer que seja o motivo, o fato é que o maior atrativo turístico desse sítio é o grande painel com figuras pintadas em amarelo e vermelho e que é visível desde a base da serra.

Pedra do Mirante – O maior atrativo turístico desse lugar é a vista panorâmica (360 graus) que se tem da região desde o alto da Pedra do Mirante. Para alcançar o topo dessa rocha é necessária uma pequena escalada por entre as rochas e que atualmente é feita sem qualquer segurança. No topo da rocha, onde as pessoas costumam ficar para apreciar a paisagem.

Painel do Pilão – Esse sítio conjuga dois grandes atrativos turísticos: as pinturas rupestres e uma bela vista para a região.

Gruta do Pilão – Esse sítio é um dos mais visitados na região. Constitui seus atrativos a cavidade em si, as pinturas rupestres e o fato de ser um dos sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia.

Pedra do Pilão – O maior atrativo turístico desse lugar é a bela paisagem que pode se observar estando na base da Pedra do Pilão. As pinturas rupestres existentes são poucas, de baixo impacto visual e não atraem a atenção do turista.

Aspectos naturais

Relevo e clima

Fauna e flora

Problemas e ameaças

Fontes

http://ideflorbio.pa.gov.br/unidades-de-conservacao/regiao-administrativa-calha-norte-i/parque-estadual-de-monte-alegre-pema/

http://www.agenciapara.com.br/Noticia/134436/monte-alegre-aventura-natureza-e-historia-no-coracao-da-amazonia

http://ideflorbio.pa.gov.br/unidades-de-conservacao/regiao-administrativa-calha-norte-i/parque-estadual-de-monte-alegre-pema/