Estação Ecológica Serra das Araras
Estação Ecológica Serra das Araras |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Mato Grosso |
Município: Porto Estrela |
Categoria: Estação Ecológica |
Bioma: Cerrado |
Área: 28.637,44 hectares |
Diploma legal de criação: Dec nº 87.222 de 31 de maio de 1982 |
Coordenação regional / Vinculação: CR10 – Cuiabá |
Contatos: (61) 3103-9965 |
Índice
Localização
A estação ecologica Serra das Araras é um Unidade de Conservação pertecente a categoria de proteção integral. sua localização abrange os municípios de Cárceres e Porto Estrela e Barra dos Bugres no estado de Mato Grosso. Sua área é de 27.159,71 hectares e situa-se no bioma Cerrado.
Como chegar
O acesso é feito a partir de Cuiabá pelas BR-163/364. Percorre-se aproximadamente 75 Km de estrada asfaltada até a cidade de Jangada, segue-se então pela MT-246 por mais 80 Km até 5 Km antes de Barra do Bugres. De Barra do Bugres, pela MT-343, mais 80 Km em estrada de terra até Cáceres. De Cáceres até a comunidade de Salobra Grande, mais 6 Km até a sede da unidade.
Ingressos
Onde ficar
Hotel Itatiaia Morada : Rua Sebastiao Barreto, 338, Tangara da Serra Distância : 83.1 km O Hotel Itatiaia está localizado em Tangará da Serra, a 200 m do centro. A propriedade oferece acomodações decoradas com simplicidade, Wi-Fi gratuito e estacionamento gratuito no local. Todos os quartos dispõem de uma mesa, uma TV e um guarda-roupa. Alguns também oferecem ar-condicionado e um frigobar. Um buffet de café da manhã é servido diariamente no refeitório. A cachoeira Salto das Nuvens está situada a apenas 26 km da propriedade, enquanto o Salto Maciel fica a 35 km de distância. Já a aldeia Formosa está localizada a 60 km do local. A Estação Rodoviária de Tangará da Serra fica a apenas 150 m do Hotel Itatiaia. O Aeroporto Marechal Rondon está a 236 km de distância.
Delcas Hotel Tangara da Serra
Morada : Rua Manoel Dionisio Sobrinho, 49-S, Tangara da Serra Distância : 83.4 km
O Delcas está situado no centro de Tangará da Serra, no estado do Mato Grosso. Os hóspedes podem desfrutar de acesso Wi-Fi e estacionamento gratuitos e fácil acesso ao terminal de ônibus, a 150m de distância. Os quartos no Hotel Delcas Tangará da Serra apresentam pisos claros de parquete e móveis em cores claras. Todos estão equipados com ar condicionado e TV satélite. Alguns quartos têm mini-bar. Um café da manhã variado em estilo buffet com especialidades de milho doce, bolo de mandioca recém-assado e sucos naturais é servido diariamente. Para o jantar, o hotel fica apenas 3 quarteirões do Bosque, que oferece vários restaurantes. O Delcas Hotel Tangará da Serra fica a apenas 2 quarteirões da igreja principal da cidade, e a 3 quarteirões da prefeitura. Há um business center disponível para uso dos hóspedes.
Riviera Pantanal Hotel Morada : Rua General Osório, 540, Cáceres Distância : 96.9 km O Riviera Pantanal Hotel localiza-se a 2 km do centro de Cáceres e da Estação de Autocarros. Dispõe de acomodações práticas com um buffet de pequeno-almoço diário, assim como acesso Wi-Fi e um estacionamento gratuitos.
Village Hotel Morada : Av. São Luiz, 1399, Cáceres Distância : 98.7 km Situado a 5 minutos de carro do Centro da Cidade de Cáceres, o Village Hotel disponibiliza uma piscina exterior, buffet de pequeno-almoço gratuito e quartos com ar condicionado. Dispõe de acesso Wi-Fi gratuito em todas as áreas.
Hôtel proche : Ancora Pantanal Ancora Pantanal Morada : Rodovia BR-364, km 0,5 - Trevo do Lagarto, Várzea Grande Distância : 115.3 km Localizado a 15 km do estádio de futebol de 2014, o Ancora Pantanal apresenta instalações modernas com acesso Wi-Fi gratuito e está a 12 km do Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
Objetivos específicos da unidade
Os objetivos específicos da Esec da Serra das Araras foram definidos com base na Lei n.º 9.985/2000 (Brasil, 2000), que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e que define para as Estações Ecológicas, UC do grupo de proteção integral, a função de preservação da natureza e a pesquisa científica, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei. 141
Além desta base legal, os objetivos específicos foram definidos com base no resultado do diagnóstico da UC, destacando a ocorrência das espécies raras, migratórias, endêmicas, ameaçadas de extinção e os ambientes alvos de conservação, tais como os sítios históricos, arqueológicos ou paleontológicos, amostras representativas dos ecossistemas protegidos, formações geológicas ou geomorfológicas, belezas cênicas e outros atributos.
Considerando estes aspectos foram definidos para a Esec da Serra das Araras os seguintes objetivos específicos:
1. Proteger parte da Província Serrana, formação bem preservada de ligação entre o Bioma Amazônico e Pantanal, localizado no Cerrado.
2. Contribuir para a conservação da bacia do rio Salobra, uma das sub-bacias que compõe a bacia do Rio Paraguai. Além de proteger as áreas de drenagens e recarga da margem esquerda do Rio Jauquara e Nascentes do Rio Cachoeirinha, outra importante bacia do Rio Paraguai.
3. Proteger as diferentes fitofisionomias do Cerrado existentes na Esec e região, tais como: campo-limpo, sujo e rupestre; parque-cerrado; cerrado-sensu-strictu e rupestre; vereda; cerradão; mata-ciliar; mata-de-galeria; mata-seca-semidecídua, e decídua além de remanescentes naturais de floresta ombrófila densa, formação típica do bioma amazônico.
4. Contribuir para proteção de populações viáveis das espécies da fauna e flora, especialmente as com algum grau de ameaça de extinção, como Myracrodron urundeuva (“aroeira”), Swietenia macrophylla (“mogno”), Tigrisoma fasciatum (“socó-boi-escuro”), Myrmecophaga tridactyla (“tamanduá-bandeira”), Priodontes maximus (“tatu-canastra”) e o Leopardus colocolo (“gato-palheiro”); as espécies endêmicas do Cerrado, como Ameerega braccata (“ranzinha”), Phyllomedusa azurea (“perereca-verde”), Hoplocercus spinosus (“lagartovíbora”), Suiriri islerorum (“suiriri-da-chapada”); e àquelas migratórias, como o Acestrorhynchus pantaneiro (“peixe-cachorra”), Brycon hillarii (“piraputanga”), Tringa solitaria (“maçarico-solitário”) Chordeiles minor (“bacurau-norte-americano”), que tem a Esec da Serra das Araras como área de ocupação.
5. Conservar o patrimônio histórico/cultural representado pelas ruínas e inscrições rupestres.
Histórico
O patrimônio cultural material e imaterial da região da Esec da Serra das Araras tem origem em tempos remotos cujo histórico antropológico é, na maioria das vezes, desconhecido. O que se conhece hoje são alguns registros de inscrições e pinturas rupestres ainda não catalogadas ou datadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) que são testemunho dessa ocupação pretérita. Pouquíssimos estudos etnológicos descreveram algumas comunidades (Sonoda, 1991; Passos et al, 2011; Amorozoet al, 2011). Perpassa também toda história das comunidades “morroquianas” que vivem ou viveram na Província Serrana (morraria), palco de lutas, violência e usurpação de suas terras por grileiros vindos de outras regiões do país, testemunhos da “reocupação” da região. Descentes dos negros e dos índios que habitavam a região da Esec da Serra das Araras, originaram uma típica população conhecida como “marroquianos”. Esses habitantes ocupavam as regiões entre os vales, chamadas de “bocaina” (atualmente parte nesta área é da Fazenda Bocaina e parte da Esec da Serra das Araras), os quais eram compostos por 17 famílias, que se instalaram na área a cerca de 80 anos. Essas famílias foram obrigadas a sair da fazenda que mais tarde veio ser inserida na Esec da Serra das Araras e ocuparam quatro comunidades que circundam a unidade de conservação: Sete Barreiro, Novo Oriente, Salobinha e Saloba Grande (Sonoda, 1991). Em decorrência dos processos de reestruturação fundiária e, por conseguinte, da dimensão socioenômica da região onde as comunidades tradicionais estão inseridas, passou a fazer parte de sua realidade a migração dos jovens para áreas urbanas a procura de trabalho e estudos, essa migração tem causado o envelhecimento dessas comunidades e a perda do modo de vida tradicional de seus moradores, essa é uma preocupação muito comum nos relatos de seus anciões. A principal fonte de renda das famílias é oriunda de atividades agrícolas, sendo que as aposentadorias e auxílios governamentais, como Bolsa Família, também são fontes de renda importantes para os moradores da região. Alguns moradores das comunidades próximas a Esec da Serra das Araras mantêm a tradição de fazer festas em homenagem a Santos, como a festa de São Sebastião, Nossa Senhora de Fátima, São Pedro e Nossa Senhora Aparecida. Em todas as festas, além da tradicional reza e procissão com os Santos, há danças tradicionais como o Cururu, dançado e cantado apenas pelos homens, e São Gonçalo, onde homens e mulheres dançam. Instrumentos matogrossenses típicos como a viola de cocho e o ganza acompanham as danças. Muitas das festas de Santo que eram tradicionais nas comunidades acabaram com o passar do tempo, por diferentes motivos como: o festeiro ter se mudado do povoado, por ter falecido e nenhum parente ter dado continuidade a tradição, ou por eles terem mudado de religião.
Atrações
Aspectos naturais
Relevo e clima
Clima: É do tipo tropical quente semi-úmido, com 4 a 5 meses de seca. A temperatura anual média é em torno de 24º C e a pluviosidade de 1.400 a 1.500 mm/anuais. Relevo: O relevo caracteriza-se pela predominância de vastas superfícies de aplainamentos, modeladas em estrutura geológica diferenciada cristalina e sedimentar, altitudes médias de 400 a 1.000 m e são muito características as Serras e Chapadões na região.
Fauna e flora
Vegetação: A estimativa percentual de cada tipo de vegetação em relação a área da unidade resume-se em, 50% de Cerrado, 40% de Matas, 5% de Capoeiras, 4% de Campos e cerca de 1% de Várzeas e Veredas. A fauna da região é bastante numerosa, sendo representada pelo porco-do-mato, onça-pintada, cotia, tatu, capivara, cachorro-do-mato etc. A avifauna é muito rica e destacamos a presença de araras azuis, pardais, siriemas e a raríssima rolinha-do-planalto-central, entre outras. Serra das Araras serve de refúgio para a Rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis), uma espécie rara, endêmica do Brasil e que, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), encontra-se em Perigo Crítico de Extinção.Há muito poucos registros de ocorrências desta ave em outras regiões do Brasil. A destruição massiva do Cerrado Brasileiro, através da formação de pastagens para pecuária, agricultura e queimadas anuais, são as causas mais importantes para a destruição do habitat da Rolinha-do-planalto e a principal ameaça à existência desta espécie rara.Não se sabe quais são os motivos para a raridade histórica desta espécie, visto que, até recentemente, havia largas áreas de habitats potencialmente apropriados para esta ave.
Problemas e ameaças
Fontes
ICMBIO. Estação Ecológica Serra das Araras. Brasília, 21 jun. 2019. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/plano-de-manejo/dcom_plano_de_manejo_Esec_Serra_das_Araras.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019
MUNICÍPIO DE PORTO ESTRELA. Município de Porto Estrela. Mato Grosso, 2012. Disponível em: https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-porto-estrela.html. Acesso em: 21 jun. 2019
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL. Unidades de Conservação no Brasil/Instituto Socioambiental . Disponível em : https://uc.socioambiental.org/arp/613. Acesso em: 26 jun. 2019
BirdLife International (2012) Species factsheet: IUCN Red List for Columbina cyanopi (em inglês). BirdLife International. 6 de abril de 2012. Disponível em : http://www.birdlife.org/datazone/speciesfactsheet.php?id=2568&m=1. Acesso em: 26 jun. 2019
Blue-eyed Ground-dove Columbina cyanopis. BirdLife International (2012) Species factsheet (em inglês). BirdLife International. Disponível em: http://www.birdlife.org/datazone/speciesfactsheet.php?id=2568 . Acesso em : 26 de jun de 2019
Ambientes Brasil. Unidades de Conservação, Estação Ecológica Serra das Araras. 30 de Jun. 2019. Disponível em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/unidades_de_conservacao/estacao_ecologica/estacao_ecologica_serra_das_araras.html. Acessado em: 30 de Jun, 2019.