Floresta Nacional do Jamari

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A Floresta Nacional do Jamari foi criada em 25 de setembro de 1984. Situa-se nos municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim e Candeias do Jamari, no estado de Rondônia. A primeira concessão florestal do país ocorreu na Flona do Jamari. Além do manejo florestal, outras atividades são desenvolvidas no interior da Floresta Nacional do Jamari, como mineração de cassiterita, visitação, extrativismo vegetal e pesca esportiva.



Floresta Nacional do Jamari
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Rondonia
Município: Candeias do Jamari (RO), Cujubim (RO) e Itapuã do Oeste (RO)
Categoria: Floresta
Bioma: Amazônia
Área: 222114,24
Diploma legal de criação: Dec nº 90.224 de 25 de setembro de 1984
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Contatos: Endereço: Rodovia RO-452, km 7,5 - Zona Rural - Jequiá da Praia/AL - CEP: 78.904-320

E-mail: flonajamari.ro@ibama.gov.br
Telefone: (69) 3231-2594

Localização

Ao Norte: Estação Ecológica Estadual de Samuel, Imóvel Manoa e municípios Candeias do Jamari e ltapuã do Oeste A Leste: Município de Cujubim Ao Sul: Municípios de Cujubim e Itapuã do Oeste A Oeste: Municípios de Candeias do Jamari, ltapuã do Oeste e a Estação Ecológica Estadual de Samuel

Como chegar

O acesso à Floresta Nacional do Jamari, partindo-se de Porto Velho, é feito pela BR-364, no sentido Sul, percorrendo-se um trecho aproximado de 110 km, passando-se pelos municípios de Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, e pegando-se a RO-452, à esquerda, num percurso de 13 km de estrada de terra.

A rodovia federal BR-364 encontra-se asfaltada e em bom estado de conservação nesse trecho. A estadual RO-452 recebe constante manutenção,assim como a maior parte das vias internas de circulação da Unidade.

Ingressos

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.

Histórico

Até a década de 50 não havia nenhuma vila ou povoado na área onde foi decretada a Floresta Nacional do Jamari e seu único meio de acesso era pelo rio de mesmo nome. A Floresta Nacional (Flona) do Jamari foi criada em 25 de setembro de 1984.

A primeira concessão florestal do país ocorreu na Flona do Jamari. O edital ficou aberto por 45 dias e recebeu 19 propostas de 14 empresas dos estados de Rondônia, São Paulo, Bahia e Pará. Para se definir os vencedores do processo foram utilizados critérios de técnica e preço. Para os critérios técnicos, foram avaliados indicadores socioambientais como maior benefício social, menor impacto ambiental, e maior agregação de valor local.

Três empresas venceram a licitação. A empresa Madeflona Industrial Madeireira maneja a Unidade de Manejo Florestal I (UMF I), com 17 mil hectares. A empresa Sakura Indústria e Comércio de Madeiras ganhou a licitação para a UMFII, com 32,9 mil hectares. A empresa Amata venceu para a UMF III, com 46 mil hectares.

Atrações

Aspectos naturais

Geologia

O Estado de Rondônia está inserido no sudoeste do Cráton Amazônico, e seu quadro geológico, compreende feições estruturais e rochas que possuem uma longa história geodinâmica.

Solo

São seis os tipos de solos, distribuídos em 4 ordens primárias, existentes no interior da Floresta Nacional do Jamari: Regossolos; Solos Concrecionários Distróficos;Latossolos (Amarelos Distróficos, Vermelho-Amarelos Distróficos e Vermelho-Escuro Distróficos); e Podzólicos Vermelo-Amarelos Distróficos.

Hidrografia

Os ambientes aquáticos encontrados na Floresta Nacional do Jamari, originalmente são lóticos, formados pelas bacias dos rios Jacundá, Jamari e Preto do Crespo.

Relevo e clima

Relevo

Nas proximidades e na área correspondente à Floresta Nacional do Jamari, há a predominância das Unidades Denudacionais, do tipo Superfície de Aplainamento Nível II. Esta superfície constitui uma unidade com ampla distribuição na área, ocorrendo sobre rochas do embasamento cristalino. As cotas atingidas por esta superfície distribuem-se no intervalo de 200 a 300 metros, apresentando igualmente uma densidade variável de inselberges.

Clima

Predomina o clima tropical úmido e quente durante todo o ano, com insignificante amplitude térmica anual. Segundo a classificação de Köppen, esta área possui um clima tipo Aw-Clima Tropical Chuvoso,com período seco bem definido durante a estaçõa de inverno, quando ocorre na região um moderado défict hídrico.

O período mais chuvoso ocorre no verão, de outubro a abril, enquanto que o período mais seco ocorre entre junho e agosto, sendo maio e setembro os meses de transição.

Fauna e flora

Fauna

Estudos estimaram a ocorrência de cerca 101 espécies de mamíferos pertencentes a 27 famílias e 8 ordens. Neste levantamento foram detectadas 3 espécies constantes da lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção, quais sejam: Gato-maracajá (Leopardus wiedii) (vulnerável); Onça-pintada (Panthera onca) (vulnerável); Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) (vulnerável).

Chama a atenção a existência de duas espécies de pequenos primatas, Saguinus fuscicollis e Callithrix emiliae. Este fato é pouco comum em vista que, apesar da primeira espécie estar ligada à área mais densamente florestada e a segunda aos capões de mata, estes primatas costumam competir muito, tanto por ambientes como por alimentação, o que sugere que a área ainda possui variedades nestes dois itens para estas espécies.

Os levantamentos de avifauna realizados, detectaram a presença de 151 espécies de aves distribuídas em 43 famílias diferentes. Das espécies encontradas durante os levantamentos, consta da lista nacional das espécies de aves da fauna brasileira ameaçadas de extinção, indicada como espécie vulnerável, o Araçari-de-nuca-vermelha (Pteroglossus bitorquatus).

Apesar da maioria dos ambientes da Unidade ainda conterem extensões consideráveis de mata, estas se encontravam pobres em relação à diversidade de espécies de aves.

Flora

Na Unidade prevalece a Floresta Tropical Ombrófila Densa, com fasciações de Floresta Ombrófila Aberta, que podem apresentar-se com predominância de palmeiras ou com cipós. Este tipo de vegetação é caracterizado pela riqueza de indivíduos arbóreos espaçados, podendo ou não apresentar grupamentos de palmeiras e riqueza de lianas lenhosas e epífitas. O sub-bosque é composto predominantemente por plântulas e árvores jovens das espécies dos extratos superiores.

Apesar das perturbações sofridas na Floresta Nacional do Jamari durante as últimas décadas, ainda é possível encontrar nesta Unidade vastas áreas de floresta exuberante e sem sinais de perturbação. A Floresta Nacional resguarda amostras da flora características da Amazônia Sul-Ocidental, região submetida a altas taxas de desmatamento.

Algumas espécies têm grande importância econômica, tornando-se muito raras na região, como a Itaúba (Mezilaurus itauba), o Cedro (Cedrella fissilis), a Macacaúba (Platymiscium duckei) e Cerejeira (Torresia acreana). Estas ocorrem em densidades baixas e estão incluídas entre as espécies ameaçadas de extinção.

Problemas e ameaças

A invasão ou a tentativa de grilagem de terra em áreas situadas nos limites da Floresta Nacional do Jamari, como também em seu interior, tem sido registrada mais especificamente em sua porção leste, próximo ao município de Cujubim e em área contígua à antiga estação de distribuição de energia. Já no limite sul da Unidade foi observado o acesso de posseiros, grileiros, caçadores e madeireiros, pelas diversas entradas abertas.

No limite leste da Unidade, próximo ao município de Cujubim, existe uma grande pressão sobre os recursos naturais da Unidade, especialmente a madeira, que é extraída de forma ilegal para alimentar, principalmente, as madeireiras desta cidade.

Fontes

http://sistemas.mma.gov.br/cnuc/index.php?ido=relatorioparametrizado.exibeRelatorio&relatorioPadrao=true&idUc=118

http://www.florestal.gov.br/florestas-sob-concessao?id=101

https://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta_Nacional_do_Jamari

http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/flona_jamari_pm_diagnostico.pdf