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Os campos rupestres são ilhas de vegetação sobre afloramentos rochosos. Devido ao solo pouco profundo e pobre em nutrientes, exposição solar constante, ventos fortes e variações extremas de temperatura, as plantas que vivem nos campos rupestres devem ter várias adaptações morfológicas e fisiológicas que lhes permitam resolver os problemas relacionados à falta d'água, fixação no solo e obtenção de nutrientes. As restrições ecológicas encontradas pelas plantas nos campos rupestres, bem como a história evolutiva particular pelo qual elas passaram para se estabelecer ali, fazem com que a flora seja única, com altas taxas de endemismo (ocorrência em apenas um local) e uma rica diversidade de espécies. Infelizmente, os campos rupestres tem sido muito ameaçados pelas atividades de mineração ao longo de toda a cadeia do Espinhaço (uma enorme cordilheira que corta o Brasil no eixo norte-sul, do centro sul Minas Gerais até o norte da Bahia), na qual eles são mais frequentes.