Parque Estadual de Ibicatu
Parque Estadual de Ibicatu |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Parana |
Município: Centenário do Sul e Porecatu |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 303 hectares |
Diploma legal de criação: Criado pelo Decreto Estadual n° 4.835, de 15 de fevereiro de 1982. Ampliado pelo Decreto Estadual n° 5.181, de 31 de julho de 2009. E recategorizado pelo Decreto Estadual n° 3.741, de 23 de janeiro de 2012. |
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Ambiental do Paraná |
Contatos: Instituto Ambiental do Paraná
Telefone: (41) 3213-3700 Unidade de Conservação do Parque Estadual de Ibicatu E-mail: pfibicatu@iap.pr.gov.br // ucsparana@iap.pr.gov.br Telefone: (43) 3373-8700 // (43) 3623-4201 // (41) 3213-3462 |
Índice
Localização
O Parque Estadual de Ibicatu está localizado nos municípios Centenário do Sul e Porecatu, no Norte do Paraná. Encontra-se a aproximadamente 2 km da Vila Progresso, 14 km da sede do Município de Centenário do Sul, 20 km da sede de Porecatu, 120 Km do município de Londrina e 469 km de Curitiba.
Como chegar
Através da Rodovia PR-450 que liga as cidades de Porecatu e Centenário do Sul, com acesso pela estrada municipal da Vila Progresso. Existe linha de ônibus da Viação Ouro Branco até a Vila Progresso a cerca de 2 km do Parque.
Ingressos
Segunda a domingo das 09h00 às 17h00. Visitação mediante agendamento na sede do Parque ou por telefone. A entrada é gratuita.
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Tem como objetivo principal preservar parcela da floresta que ocorria na região, habitat natural da fauna e flora típicos da Floresta Estacional Semidecidual porém com características de transição apresentando interessantes vestígios de vegetação pretérita de ocorrência em climas mais secos, contendo espécies raríssimas em solo roxo, o que suscita estudos mais profundos. Esta Unidade de Conservação contribui para preservação da biodiversidade natural, visando à proteção da fauna e da flora nativa especialmente em perigo de extinção ou ameaçada na região, conservando os recursos genéticos e também propiciando a recuperação natural de vegetação nativa onde em outras épocas ocorreu uma exploração seletiva com retirada de exemplares das espécies da madeira nobre, inclusive recuperando algumas áreas antes convertidas para uso agrícola.
Histórico
O Parque foi criado através de um acordo com o proprietário da Fazenda Jangadinha, quando a área de floresta que era parte da reserva legal desta e a porção mais preservada, foi permutada por área equivalente já explorada, considerada terra devoluta.
Seu nome foi escolhido através de concurso realizado entre estudantes das escolas da região e era o nome da fazenda mais antiga da região, a qual se denominava Ibicatu.
Mais recentemente, após estudos técnicos se buscou ampliar a área do Parque para proteger melhor os recursos naturais do entorno e propiciar condições mais adequadas de sobrevivência de espécies da flora e fauna nativas, utilizando princípios de ecologia da paisagem. Assim foram incluídas áreas com potencial de preservação e reforçados os Corredores de Biodiversidade do entorno, visando a manutenção de processos ecológicos.
O Parque Ibicatu tem se mostrado um importante atrativo regional, atraindo cerca de 3000 visitantes por ano
Atrações
Entre os atrativos do parque, destaca-se a visitação orientada além de banhos de rio e piqueniques.
O Parque possui: casa de apoio administrativo, almoxarifado, estacionamento, anfiteatro, área de uso público (mesas e bancos), trilhas, área de banho e sanitários.
Aspectos naturais
Relevo e clima
No contexto regional, a UC situa-se na área central de um amplo planalto dissecado, de relevo suave ondulado, com baixa amplitude topográfica e localmente inclinado em direção à calha do rio Paranapanema. Predominam na região da UC colinas baixas, de topos aplainados ou convexos, com vertentes longas e retilinizadas, associadas aos vales fluviais estreitos de baixa sinuosidade ou retilinizados e com entalhe profundo. O Parque Estadual de Ibicatu se encontra em posição de entorno do fundo de vale do ribeirão do Tenente.
Fauna e flora
A fauna que ocorre na região do Parque é caracterizada por espécies de pequeno porte, com mamíferos como o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), cutia (Dasyprocta azarae), quati (Nasua nasua) e gambá (Didelphis marsupialis), além de paca (Agouti paca), lagarto teiú (Tupinambis sp) e jaguatirica (Felis pardalis). Entre as aves da região podemos encontrar a gralha-picaça (Gonocorax chrysops), maritaca (Pionus maximiliani), jacu-açu (Penelope obscura), anu-preto (Crotophaga ani) e alma-de-gato (Piaya cayana). São cerca de 30 espécies para a avifauna, 10 espécies para mamíferos, 7 espécies para a ictiofauna e 17 ordens de insetos, entre outros.
Devido ao grande desmatamento da região sobraram reduzidas áreas de refúgio aos animais e muitas espécies foram levadas à extinção local, principalmente os animais de grande porte, mais suscetíveis à caça, e sem área suficiente para sua sobrevivência.
A vegetação natural existente na região da UC é classificada como Floresta Estacional Semidecidual, tipo florestal que dominou as paisagens do norte paranaense, mas que sofreu um processo de fragmentação intensificado em meados do século XX, resultando numa paisagem em mosaico com diferentes usos agrícolas e pastoris. Até então, esse tipo florestal era contínuo com a Floresta Ombrófila Densa, sendo, por esse motivo, incluído entre os tipos de vegetação componentes do bioma Mata Atlântica. Os perobais eram assim designados pela marcante presença de Aspidosperma polyneuron peroba-rosa, árvore que pelo seu porte e qualidade da madeira foi intensamente explorada. O pau-d’álho (Gallesia integrifolia) e a figueira (Ficus spp.) são também espécies de grande porte que se destacam entre as demais componentes da Floresta Estacional, mesmo em fragmentos perturbados da região.
Na atualidade a Floresta Estacional Semidecídua é considerada um dos ecossistemas mais ameaçados da Floresta Atlântica (Ribeiro et al., 2009) que originalmente recobria grande parte do Estado do Paraná e estendia-se até o Paraguai e Argentina.
Problemas e ameaças
Fontes
http://www.iap.pr.gov.br/modules/ucps/aviso.php?codigo=85&codigo_cat=0
- Plano de Manejo