Parque Estadual Ponta da Tulha

De WikiParques
Revisão de 03h31min de 19 de outubro de 2016 por DudaMenegassi (discussão | contribs) (Criou página com '{{Parks |Administration=Estadual |State=Bahia |Region=Nordeste |City=Ilhéus, |Category=Parque |Biome=Mata Atlântica |Area=1.704 hectares |Legal documents=Decreto Estadual n...')
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar




Parque Estadual Ponta da Tulha
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Bahia
Município: Ilhéus
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1.704 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Estadual n° 16.487, de 22 de dezembro de 2015.
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria do Meio Ambiente da Bahia
Contatos: Secretaria do Meio Ambiente da Bahia

Telefone: (71) 3115-6980 // (71) 3115-3800 // (71) 3115-6256

Unidade de Conservação do Parque Estadual Ponta da Tulha

E-mail: diruc@inema.ba.gov.br Telefone: (71) 3118-4362 // (71) 3118-4433

Localização

O Parque Estadual Ponta da Tulha está localizado na região central do litoral baiano, no município de Ilhéus.

Como chegar

O acesso principal da UC é feito pela estrada precária que liga o Loteamento Jóia do Atlântico, na BA-001, à localidade de Areias, às margens da Lagoa Encantada.

Ingressos

Não é cobrada entrada e não existe ainda infraestrutura de apoio e controle de visitação.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

I - proteger os ecossistemas naturais da Mata Atlântica, os quais abrigam, em elevado grau, espécies da fauna e da flora endêmicas e ameaçadas de extinção; II - preservar integralmente o mosaico de fitofisionomias no contexto da paisagem regional da Mata Atlântica do Litoral Sul da Bahia, de modo a garantir condições adequadas para a manutenção dos processos ecológicos; III - complementar a representatividade do Sistema Estadual de Unidades de Conservação - SEUC, incluindo a proteção integral de ecossistemas como a restinga arbórea e manguezais; IV - contribuir para a implementação dos planos de ação para a conservação de espécies de ocorrência na área; V - propiciar a sucessão secundária da vegetação nas áreas degradadas ou alteradas, de modo a reconstruir os habitats perdidos das espécies ameaçadas; VI - preservar bancos genéticos, tanto da fauna quanto da flora, para sua possível utilização pelas gerações futuras; VII - possibilitar e fomentar o desenvolvimento de pesquisa científica, de monitoramento ambiental e de treinamento, com o fim de apoiar o manejo para a conservação da Unidade de Conservação; VIII - propiciar o desenvolvimento de atividades de turismo ecológico, de educação ambiental e de integração com o entorno.

Histórico

O Parque Estadual Ponta da Tulha foi criado em 2015, graças a uma iniciativa que partiu da própria Secretaria de Meio Ambiente da Bahia, em 2014.

Atrações

Aspectos naturais

Referente aos recursos hídricos, embora o Rio Almada não esteja localizado na área proposta, a bacia hidrográfica deste rio está parcialmente inserida na área, especificamente na sua porção centro-leste, com rios e córregos que deságuam na margem esquerda do curso d'água principal. Ademais, existem ainda na área proposta algumas bacias hidrográficas de pequenos cursos d'água que vertem diretamente para o mar. Há que se ressaltar a Bacia do Rio do Mangue, que é composta pela confluência dos rios do Marinho e do Capitão, localizada na porção norte e leste da área, e a Bacia do Rio Barra Nova, inserida na parte sudeste da área.

Relevo e clima

No tocante às feições morfológicas que compõem a paisagem natural da área proposta, aquelas são resultantes de uma combinação de fatores climáticos e litoestruturais, que na sua troca de matéria e energia favorece a formação de vários domínios geomorfológicos, a saber: os Tabuleiros Costeiros, os Domínios de Mares de Morros e as Planícies Litorâneas. A formação dos Tabuleiros Costeiros está vinculada a uma diversidade de formações sedimentares de idade Jurássica e Terciária, onde em consequência de sua composição litológica contribuem para a formação dos relevos tabulares. Geneticamente tendem a ocorrer com maior frequência em direção ao interior das bacias sedimentares. Esta forma de relevo possui característica bastante peculiar na sua estrutura e composição;correspondem a chapadas, chapadões e tabuleiros que lembram a presença de mesa; ou a uma extensão de mesa ou tabuleiros, em níveis altimétricos diferenciados, mantidos por camadas basálticas ou sedimentos de maior resistência”. No topo das chapadas, com superfícies quase planas, predomina o processo de infiltração de água, que podem alimentar mananciais nas suas vertentes. O risco de erosão é muito pequeno no topo das chapadas, mas aumenta muito à medida que nos aproximamos da borda das chapadas, geralmente íngremes com declividade em torno de 90°. Os Domínios de Mares de Morros possui uma diferença relevante em relação às outras unidades geomorfológicas, inicialmente pela sua posição topográfica, situando-se nas áreas mais rebaixadas com níveis altimétricos em torno de 25 a 65 metros e depois pelos aspectos litológicos das rochas constituídos pelos sedimentos da Formação Itaparica e Formação Candeias (Bacia Sedimentar do Almada). Pela variedade litológica cada ambiente possui sua peculiaridade e grau de resistência aos processos erosionais, porém é possível notar nesta paisagem a elevada dissecação do modelado. Limitada pelo sistema de falhas, o relevo característico desta unidade são formas de topos abaulados e vertentes convexas, no segmento superior, e côncavo, nos segmentos inferiores, possibilitando um contato suave com a Planície Fluviomarinha. Por seu turno, as planícies litorâneas, mais recente das unidades geomorfológicas, são ambientes naturais formadas por praias, cordões litorâneos, restingas e terraços arenosos, ambientes construídos pela acumulação sucessiva de sedimentos inconsolidados, cortados por canais e retrabalhados pelos mecanismos das marés. São setores topograficamente planos com altitudes em torno de 15 metros e declividade das vertentes em torno de 5 graus. Localizada, praticamente, próximo do nível de base local, corresponde à porção mais baixa das unidades morfológicas, sendo uma receptora de sedimentos oriundos dos compartimentos mais elevados. Essas formas são colonizadas por formações pioneiras com espécies rasteiras e arbóreo-arbustivas de restingas típicas de áreas halófitas e de terrenos inundados. O sistema de drenagem é estabelecido por uma convergência hidrográfica, pois nesse local ocorre a desembocadura dos riachos locais, que em contato com a água do mar e através das alterações físico-químicas dos sedimentos depositados, propiciam a formação do ecossistema de manguezal.

Fauna e flora

O Parque Estadual Ponta da Tulha está inserido na abrangência do bioma Mata Atlântica, apresentando porções cobertas por Floresta Ombrófila Densa de terras baixas e submontana, florestas de Restinga, manguezais e áreas úmidas. Existem também algumas porções antropizadas caracterizadas pela presença de sistemas agroflorestais (cabruca), áreas de pastagens e outros cultivos agrícolas.

Espécies endêmicas da flora: Jangada-preta (Guatteria cf. blanchetiana); bafo-de-boi (Parinari alvimii)

Espécies endêmicas da fauna: Cebus xanthosternos (macaco-prego-do-peito-amarelo); Leonthopithecus chrysomelas (mico-leão-de-cara-dourada); Callicebus melanochir (sauá); perereca-verde (Hylomantis áspera); cacote (Leptodactylus viridis); razinha-da-mata (Physalaemus camacan; sapinho-preto (Frostius erythrophthalmus); Enyalius catenatus (papa-vento); mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), periquito-rico (Brotogeris tirica), apuim-de-cauda-amarela (Touit surdus), cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata), murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana), balança-rabo-canela (Glaucis dohrnii), beija-flor-cinza (Aphantochroa cirrochloris), beija-flor-preto (Florisuga fusca), beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis), surucuá-variado (Trogon surrucura), benedito-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons), pica-pauzinho-de-testa-pintada (Veniliornis maculifrons), choca-de-sooretama (Thamnophilus ambiguus), chorozinho-de-boné (Herpsilochmus pileatus), trovoada (Drymophila ferruginea), papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera), arapaçu-rajado (Xiphorhynchus fuscus), miudinho (Myiornis auricularis), tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), saíra-sete-cores (Tangara seledon), ferro-velho (Euphonia pectoralis)

Problemas e ameaças

Áreas pontuais degradadas por ação de desmatamento e fogo; e atividade madeireira.

Fontes

http://sistemas.mma.gov.br/cnuc/index.php?ido=relatorioparametrizado.exibeRelatorio&relatorioPadrao=true&idUc=3248

Proposta de criação do Parque Estadual Ponta da Tulha http://www.inema.ba.gov.br/wp-content/uploads/2014/05/Estudo-Criacao-UC_Parque-Estadual_Ponta_da_Tulha.pdf

http://www.meioambiente.ba.gov.br/modules/noticias/makepdf.php?storyid=10745