Parque Estadual Igarapés do Juruena

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Parque Estadual Igarapés do Juruena
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Mato Grosso
Município: Colniza, Cotriguaçu
Categoria: Parque
Bioma: Amazônia
Área: 227.817 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Estadual n° 5.438, de 12 de novembro de 2002.
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso
Contatos: Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso

Telefone: (65) 3613-7224

Unidade de Conservação Parque Estadual Igarapés do Juruena E-mail: cuco@sema.mt.gov.br Telefone: 65) 3613-7224 // (65) 3613-7253

Chefe da Unidade: Ledyany Gislon Chefe da Unidade: Ernesto Francis Arantes Penteado Chefe da Unidade: Ana Margarida Magalhães Coelho

Localização

O Parque está localizado na região noroeste do estado de Mato Grosso.

O PEIJU está delimitado pelas coordenadas UTM aproximadas de 9.026.265N e 234.551E.

Como chegar

Ingressos

Fechado para visitação.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Garantir a proteção dos recursos hídricos, a movimentação das espécies da fauna nativa, preservando amostra representativa dos ecossistemas existentes na área e proporcionando oportunidades controladas para uso público,educação e pesquisa cientifica.

Histórico

Criado em 2002, o parque teve seu Plano de Manejo elaborado em 2008. Atualmente encontra-se fechado para visitação.

Atrações

Aspectos naturais

O PEIJU está localizado na Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, abrangendo partes das sub-bacias do Rio Madeira e Rio Tapajós. A área drenada pela sub-bacia do Rio Madeira, compõe se pela sub-bacia secundária do rio Aripuanã, mais especificamente pelas drenagens correspondentes à margem direita da sub-bacia local do rio Aripuanã (limite oeste da UC); enquanto que a área drenada pela sub-bacia do Rio Tapajós corresponde à sub-bacia secundária do Rio Juruena-Teles Pires, drenagens correspondentes à margem esquerda da sub-bacia local Baixo Juruena (limite leste da UC). A Serra do Norte, localizada na porção central da UC, constitui o divisor de águas dessas duas sub-bacias locais.

Relevo e clima

A região em que se insere o Parque Estadual Igarapés do Juruena é parte integrante dos domínios das terras baixas florestadas da Amazônia, compreendendo uma extensa planície inundável, tabu-leiros com altitudes de até 200 m, terraços com cascalhos e lateritas e morros baixos com for-mas arredondadas. Essa paisagem apresenta uma relação direta com a bacia hidrográfica Amazônica e uma rica variedade de águas perenes, com rios brancos, negros e cristalinos. A base do relevo está assentada sobre uma bacia sedimentar constituída na Era Paleozóica, antes da separação entre a América do Sul e a África e da formação da Cordilheira dos Andes. Correspondendo a uma bacia sedimentar antiga que fora recoberta por sedimentos recentes, dos períodos Terciário e Quaternário da Era Cenozóica, e são estes os que aparecem na estru-tura geológica da região.

O clima dominante no estado de Mato Grosso é o Equatorial com baixa amplitude térmica e temperaturas médias que oscilam entre 25°C e 27°C no decorrer do ano. A pluviosidade também é elevada, com médias anuais de precipitação que variam entre 2.500 e 2.800mm. O período entre os meses de dezembro e fevereiro corresponde aos maiores valores de precipitação, oscilando entre 450 a 550 mm. Ocorre ainda um período de seca bem marcada, entre os meses de junho e agosto.

Fauna e flora

A região onde se encontra o PEIJU está inserida em áreas de alta e mediana riqueza de espécies de aves, peixes, mamíferos (principalmente primatas) e anfíbios. Em relação a ictiofauna e especificamente dentro do PEIJU, as espécies coletadas nos igarapés são em geral de pequeno porte e são dependentes da vegetação ciliar circundante, exceto aquela do rio Moreru, onde o cachara Pseudoplatystoma fasciatum foi coletado, mas há a menção de moradores locais que até o jaú Zungaro zungaro de pequeno porte nele ocorre, sendo importante rota migratória para numerosas das espécies migradoras do rio Aripuanã, do qual é afluente. Na herptofauna há heterogeneidade, tanto quantitativa quanto qualitativa, nos registros das espécies por método de amostragem. Dentre os 695 registros feitos durante o estudo, quatro corresponderam a animais avistados que não puderam ser identificados em nível taxonômico passível de inclusão No que se refere ao impacto que as espécies podem sofrer, das espécies registradas, apenas o sapo Adelphobates quinquevittatus está enquadrado, que inclui espécies não necessariamente ameaçadas pelo comércio, mas que podem se tornar ameaçadas se não houver uma política de fiscalização. O jabuti Chelonoidis denticulata é espécie caracterizada como vulnerável. A exploração pelo comércio e pela caça predatória pode constituir um fator de impacto sobre as espécies da herpetofauna local, no entanto, as alterações no ambiente constituem o risco maior. Na avifauna, durante a AER realizada no PEIJU, foram registradas um total de 286 espécies de aves, sendo 133 espécies na estação chuvosa e mais 153 novos registros na estação seca, Isso coloca a região como uma das com maior diversidade de aves do estado de Mato Grosso. Durante a AER realizada no PEIJU, foram registradas um total de 286 espécies de aves, sendo 133 espécies na estação chuvosa e mais 153 novos registros na estação seca. Estas espécies se encontram distribuídas em 58 famílias. Aproximadamente 37,6% da avifauna de Mato Grosso foi amostrada no PEIJU, Na mastofauna a listagem de espécies determinadas ou potencialmente ocorrentes para a PEIJU é composta de 157 espécies sendo 7% pertencente à ordem Marsupialia, 4,45% à Xenarthra, 14,01% à Primata, 36,94% à Chiroptera, 8,91% à Carnivora, 0,6% à Perissodactyla, 3,18% à Arctiodactyla, 21,09% à Rodentia e 0,6% à Lagomorpha. Destacam-se com relação às espécies ameaçadas de extinção, duas categorizadas como vulneráveis. Acrescentando-se a esta listagem as espécies ameaçadas de extinção categorizadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais - IBAMA (2002) e pela International Union Nature Conservancy - IUCN (2006), temos 50,95% de espécies categorizadas como vulneráveis, 3,18% quase em perigo, 50,53% considerada em baixo risco, 15,92% sem dados, 12,01% de dados insuficientes, 4,45% de espécies não ameaçadas, 1,27% de preocupação menor. As espécies raras e endêmicas perfazem 10,82% .

Em relação às orquídeas, pode-se inferir que a existência de nove espécies raras e de ocorrência restrita, além de outras seis espécies sobre as quais se desconhece o status, no PEIJU, justificando a importância da manutenção essa U.C.

Espécies supostamente endêmicas da bacia do rio Aripuanã incluem o loricariídeo Parotocinclus aripuanensis (Schaefer, 2003), os ciclídeos Aequidens gerciliae e Crenicichla isbrueckeri , o anostomídeo Leporinus aripuanensis , e o serrasalmíneo Utiaritichthys longidorsalis. No entanto, o grau de endemismo dos peixes no rio Aripuanã deve ser muito maior. Avifauna: - O arapaçu-de-bico-vermelho (Hylexetastes perrotii uniformis): 2 indíviduos do complexo Hylexetastes perrotii foram bem observados juntos seguindo correição de formigas. - A mãe-de-taoca-dourada (Skutchia borbae): - A cambaxirra-cinzenta (Odontorchilus cinereus)

Problemas e ameaças

O desmatamento e as queimadas na região para a abertura e manutenção de pastos e o consequente avanço da fronteira agropecuária sobre as áreas de floresta da região adjacente ao PEIJU caracterizam uma séria ameaça à conservação da UC e do seu entorno.

Fontes

http://sistemas.mma.gov.br/cnuc/index.php?ido=relatorioparametrizado.exibeRelatorio&relatorioPadrao=true&idUc=455

Decreto de criação: http://www.al.mt.gov.br/storage/webdisco/leis/lei_8884.pdf

Plano de Manejo: http://observatorio.wwf.org.br/site_media/upload/gestao/planoManejo/PM_PE_Juruena.pdf

http://sistemas.mma.gov.br/portalcnuc/rel/index.php?fuseaction=portal.exibeUc&idUc=455

http://www.oeco.org.br/noticias/28679-governo-desiste-de-construir-hidreletrica-no-parque-do-juruena/

http://pt-br.topographic-map.com/places/Parque-Estadual-Igarap%C3%A9s-do-Juruena-6677300/