Parque Nacional Descobrimento

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Nome da Unidade: Parque Nacional Descobrimento

Bioma: Mata Atlântica

Área: 21.145 mil hectares

Diploma legal de criação: Criado em 20 de abril de 1999, Decreto s/nº de 1999.

Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

Contatos:

Endereço sede: Rua 4, Quadra J, Lote 28. Prado - Bahia
CEP: 45980-000
Email: pndescobrimento@bol.com.br

Localização

O Parque Nacional do Descobrimento, criado em 1999, é local de trilhas e de preservação da Mata Atlântica. Situado no extremo Sul da Bahia, está a 800 quilômetros da capital do estado, Salvador.

A área localiza-se no município de Prado e protege parte das Bacias Hidrográficas do Rio Cahy, do Peixe, Imbassuaba, Japara Grande e Japara Mirim.

Como chegar

Para se chegar ao município de Prado, é possível seguir do sul pela BR-101 até o acesso no trevo de Teixeira de Freitas à direita e percorrendo mais 78 km de estrada asfaltada. Já vindo do norte pela BR-101, o acesso é à esquerda em Itamaraju e percorrendo mais 52 km de estrada asfaltada. Existem linhas diretas de ônibus de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Goiânia. De Salvador a companhia de viação é Águia Branca.

De avião, é possível chegar via aeroporto de Porto Seguro, a 210 km de Prado.

Ingressos

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Onde ficar

É possível hospedar-se em hotéis e pousadas na cidade de Prado, na Bahia.

http://www.pradobahiabrasil.com.br/pousadas.html

Objetivos específicos da unidade

O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.

Como objetivo básico, o Parna pretende proteger e preservar os últimos remanescentes de mata de tabuleiros costeiros da Mata Atlântica. Entre os objetivos da UC, incluem a conservação da biodiversidade.

Histórico

O Parque Nacional Descobrimento é parte do Sítio do Patrimônio Mundial Natural da Costa do Descobrimento, local considerado Reserva da Biosfera. A visitação ao Parque está aberta a grupos de estudos de colégios e universidades, bem como a pesquisadores.

O grande interesse em transformar esta área em UC foi pelo fato de estar em um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica do sul da Bahia. A unidade fica próxima ao Rio Cahy, o primeiro ponto de fundeio da armada de Pedro Alvares Cabral no descobrimento do Brasil, em 1500. O local era habitado por etnias que deram origem aos índios Pataxós.

No ano de 2000, o local recebeu o título de Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. A região em que está localizado o Parna conta com uma estratégia de conservação em larga escala, o Projeto Corredor Central da Mata Atlântica. Essa iniciativa foi estabelecida a partir do Projeto Parques e Reservas do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras.

Atualmente já foi feita uma conciliação entre gestores e tribos indígenas, pois o Parna Descobrimento tem parte de sua área sobreposta à Terra Indígena Cahy-Pequi.

Atrações

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Aspectos naturais

A diversidade de sua fauna é considerada o fator de maior interesse de pesquisa. Nesta UC, estão os últimos redutos do Mutum do Sudeste, ave apenas encontrada na Mata Atlântica. Em seu interior, há 47 espécies de pássaros, como o papagaio chauã, macuco e gavião real.

A região apresenta grande potencialidade para o desenvolvimento do ecoturismo. No em torno da unidade, o Parque Nacional Descobrimento destaca-se no contexto da conservação da biodiversidade da Mata Atlântica por tratar-se de um dos últimos remanescentes em bom estado de conservação no extremo sul da Bahia.

Os inventários de avifauna realizados no sul da Bahia, no âmbito do projeto “Abordagens Ecológicas e Instrumentos Econômicos para o Estabelecimento do Corredor do Descobrimento” (IESB 2002), permitiram demonstrar que fragmentos maiores abrigam grande número de espécies como papagaios, jandaias e periquitos.

A UC tem níveis relevantes de biodiversidade e contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção.

Relevo e clima

O clima é úmido tropical característico de floresta quente e úmida. Os solos são do tipo areno-argilosos, com textura arenosa e o relevo é predominantemente plano.

Fauna e flora

Os principais ecossistemas são floresta ombrófila densa e Mussununga. O Parque apresenta uma alta riqueza biológica com 253 espécies de aves assinaladas, dos quais 47 espécies são endêmicas e 18 ameaçadas, incluindo o Mutum-do-sudeste.

Existem ainda grandes áreas bem conservadas, as chamadas “Mussunungas”. Nesses ambientes que se formam sobre solos arenosos, as matas ficam mais finas, com árvores de casca branca, predominância de arbustos e árvores baixas, muito semelhantes aos encontrados nas matas de restinga.

Problemas e ameaças

Os remanescentes florestais da região estão sendo pressionados por diversas práticas locais, como a retirada ilegal de madeira e incêndios florestais. As principais ameaças são queimadas, a caça ilegal e o desmatamento.

Desde 2008, existe um acordo mediado pelo Ministério Público Federal (MPF) acerca dos plantios de eucaliptos no em torno da UC para minimizar a demanda de lenha que ocorre em algumas comunidades rurais. Entre as implicações ambientais do corte mecanizado de grandes extensões de florestas de eucaliptos, estão o efeito de borda principalmente nas áreas de contato entre o remanescente florestal e o cultivo.

Além disso, outros danos são causados em áreas de preservação permanente em decorrência do fluxo de cargas pesadas e a deterioração das estradas de chão dos arredores.

No entorno do Parque Descobrimento existem ainda nove assentamentos de reforma agrária. Aldeias indígenas Pataxó também se encontram no em torno. As atividades tradicionais desses povos têm causado incêndios florestais, caça e retirada de madeiras nos fragmentos de floresta. Isso se traduz em pressões contínuas à integridade da mais importante Unidade de Conservação no cenário sul baiano e nordestino.

A indústria de celulose é uma das principais atividades econômicas do extremo sul da Bahia na atualidade. Por outro lado, não existe um plano de gestão territorial que estabeleça parâmetros de uso e ocupação da região. Assim, a expansão das áreas de monoculturas de eucalipto no entorno da UC também é acompanhada de grande preocupação, uma vez que os plantios ocupam extensas áreas e, muitas vezes, se localizam junto aos limites do Parna.

Os empreendimentos turísticos, por sua vez, foram implantados em áreas inadequadas com impactos severos sobre os ecossistemas costeiros que têm sido submetidos a esforços que ultrapassam os limites da sua capacidade de regeneração.

A ocupação humana no Parna tende a aumentar de forma drástica a longo prazo, nos próximos 20 anos, e geram um severo impacto na UC, assim como a coleta de produtos não madeireiros que tem um impacto moderado e deve permanecer constante nos próximos 5 a 20 anos.

Fontes

http://observatorio.wwf.org.br/site_media/upload/gestao/documentos/Aves_PN_descobrimento.pdf http://parquenacionaldodescobrimento.blogspot.com.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_do_Descobrimento http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-do-descobrimento-2013-ba http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/20-geral/3028-governo-cria-duas-unidades-de-conservacao-e-amplia-tres.html http://www.pradobahiabrasil.com.br

Estudo “O CORREDOR CENTRAL DA MATA ATLÂNTICA - UMA NOVA ESCALA DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE”, do Ministério do Meio Ambiente, Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica. BRASÍLIA, 2006. http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/CorredorCentraldaMataAtlantica.pdf