Mudanças entre as edições de "Parque Estadual da Serra Furada"

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viii. Propor e apoiar o desenvolvimento e a implementação de uma estratégia para elaboração de um roteiro turístico regional, integrando o PAESF e o PARNA de São Joaquim aos demais polos turísticos da região, com foco na conservação do ambiente natural e na promoção da cultura e economia locais;
 
viii. Propor e apoiar o desenvolvimento e a implementação de uma estratégia para elaboração de um roteiro turístico regional, integrando o PAESF e o PARNA de São Joaquim aos demais polos turísticos da região, com foco na conservação do ambiente natural e na promoção da cultura e economia locais;
 
ix. Colaborar com iniciativas de uso e de ocupação do solo compatíveis com os objetivos do PAESF em sua zona de amortecimento e região de abrangência.
 
ix. Colaborar com iniciativas de uso e de ocupação do solo compatíveis com os objetivos do PAESF em sua zona de amortecimento e região de abrangência.
 
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|Features=O parque atualmente não está aberto à visitação. Estão em andamento ações para estruturação de duas trilhas do parque, dentre elas a Trilha da Serra Furada.
|Features=O parque atualmente não está aberto à visitação.
 
 
|Natural aspects=Na região onde está inserido o Parque os meses quentes (com temperaturas máximas médias acima de 25ºC) são janeiro, fevereiro, março e dezembro. Julho é o mês mais frio, com média de temperatura mínima de 7,8ºC em Orleans.
 
|Natural aspects=Na região onde está inserido o Parque os meses quentes (com temperaturas máximas médias acima de 25ºC) são janeiro, fevereiro, março e dezembro. Julho é o mês mais frio, com média de temperatura mínima de 7,8ºC em Orleans.
 
A geomorfologia do PAESF é caracterizada por relevo escarpado nas áreas mais elevadas juntamente com vales íngremes, evidenciados por forte erosão fluvial, o que remonta às formações geológicas da Serra Geral e Botucatu. Nas áreas onde predominam as rochas sedimentares, a superfície é caracterizada por formas de colinas arredondadas. Seu relevo extremamente acidentado, com altitudes que variam de 400 a 1480m, lhe confere grande beleza cênica, tornando o Parque um local de grande potencial turístico.
 
A geomorfologia do PAESF é caracterizada por relevo escarpado nas áreas mais elevadas juntamente com vales íngremes, evidenciados por forte erosão fluvial, o que remonta às formações geológicas da Serra Geral e Botucatu. Nas áreas onde predominam as rochas sedimentares, a superfície é caracterizada por formas de colinas arredondadas. Seu relevo extremamente acidentado, com altitudes que variam de 400 a 1480m, lhe confere grande beleza cênica, tornando o Parque um local de grande potencial turístico.
 
Devido a sua localização geográfica, a umidade relativa do ar é alta, em torno de 85%, resultando em uma pluviosidade anual média de 1500 mm.  
 
Devido a sua localização geográfica, a umidade relativa do ar é alta, em torno de 85%, resultando em uma pluviosidade anual média de 1500 mm.  
O Parque contribui para a preservação de inúmeras nascentes de importantes rios locais, que confluem para o rio Tubarão, como as nascentes dos rios Minador, do Meio e Braço Esquerdo.
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O Parque contribui para a preservação de inúmeras nascentes de importantes rios locais, que confluem para o rio Tubarão, como as nascentes dos rios Minador, do Meio e Braço Esquerdo.
 
|Geography and climate=O clima da região sul de Santa Catarina é classificado segundo a Classificação Climática de Köppen (1948) como Cfa, ou seja, clima subtropical constantemente úmido, sem estação seca, com verão quente, apresentando a temperatura média do mês mais quente superior a 22,0ºC. A temperatura média normal anual varia de 17,0 a 19,3ºC, a média normal das máximas varia de 23,4 a 25,9ºC e das mínimas de 12,0 a 15,1ºC. O índice pluviométrico varia de 1220 a 1660 mm, com total anual de dias de chuva entre 102 e 150. A umidade relativa do ar pode apresentar variação de 81,4 a 82,2% (Epagri, 2001).
 
|Geography and climate=O clima da região sul de Santa Catarina é classificado segundo a Classificação Climática de Köppen (1948) como Cfa, ou seja, clima subtropical constantemente úmido, sem estação seca, com verão quente, apresentando a temperatura média do mês mais quente superior a 22,0ºC. A temperatura média normal anual varia de 17,0 a 19,3ºC, a média normal das máximas varia de 23,4 a 25,9ºC e das mínimas de 12,0 a 15,1ºC. O índice pluviométrico varia de 1220 a 1660 mm, com total anual de dias de chuva entre 102 e 150. A umidade relativa do ar pode apresentar variação de 81,4 a 82,2% (Epagri, 2001).
 
|Fauna and flora=A formação vegetacional característica Parque Estadual da Serra Furada é a Floresta Ombrófila Densa, envolvendo as formações Submontana, Montana e Altomontana. Ressaltam-se ainda os tipos especiais de vegetação pioneira estabelecidos nos paredões rochosos extremamente íngremes (alguns verticais) da Serra Geral, denominados em seu conjunto como Vegetação Rupícola ou Refúgios Vegetacionais por estarem associados intrinsecamente a substratos rochosos. Espécies raras e ameaçadas de extinção como canela-preta (Ocotea catharinensis), sassafrás (Ocotea odorifera), palmiteiro-jussara (Euterpe edulis), xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana), begônia de Saint’Hilaire (Begonia hillariana),  araçazeiro (Psidium longipetiolatum) e urtigão-da-serra (Gunnera manicata) encontram-se protegidas dentro dos limites do Parque.  
 
|Fauna and flora=A formação vegetacional característica Parque Estadual da Serra Furada é a Floresta Ombrófila Densa, envolvendo as formações Submontana, Montana e Altomontana. Ressaltam-se ainda os tipos especiais de vegetação pioneira estabelecidos nos paredões rochosos extremamente íngremes (alguns verticais) da Serra Geral, denominados em seu conjunto como Vegetação Rupícola ou Refúgios Vegetacionais por estarem associados intrinsecamente a substratos rochosos. Espécies raras e ameaçadas de extinção como canela-preta (Ocotea catharinensis), sassafrás (Ocotea odorifera), palmiteiro-jussara (Euterpe edulis), xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana), begônia de Saint’Hilaire (Begonia hillariana),  araçazeiro (Psidium longipetiolatum) e urtigão-da-serra (Gunnera manicata) encontram-se protegidas dentro dos limites do Parque.  
 
Estudos preliminares desenvolvidos para subsidiar o Plano de Manejo indicaram a presença de 23 espécies de anfíbios e 14 de répteis  no Parque e em seu entorno. Espécies de anfíbios endêmicas da Serra Geral e de importância para conservação, como Cycloramphus valae e Thoropa saxatilis são de prováveis ocorrência para o local. Hylodes meridionalis e Hypsiboas marginatus, outras duas espécies endêmicas da Serra Geral, foram  registradas no local.  
 
Estudos preliminares desenvolvidos para subsidiar o Plano de Manejo indicaram a presença de 23 espécies de anfíbios e 14 de répteis  no Parque e em seu entorno. Espécies de anfíbios endêmicas da Serra Geral e de importância para conservação, como Cycloramphus valae e Thoropa saxatilis são de prováveis ocorrência para o local. Hylodes meridionalis e Hypsiboas marginatus, outras duas espécies endêmicas da Serra Geral, foram  registradas no local.  
 
Quanto às aves, a lista preliminar do Parque conta com 174 espécies, representando 9,5% das aves brasileiras e 27,2% das aves catarinenses. Foram registradas 39 espécies endêmicas do bioma Mata Atlântica. A espécie ameaçada de extinção papo-branco (Biatas nigropectus) encontra abrigo nas matas do Parque.  
 
Quanto às aves, a lista preliminar do Parque conta com 174 espécies, representando 9,5% das aves brasileiras e 27,2% das aves catarinenses. Foram registradas 39 espécies endêmicas do bioma Mata Atlântica. A espécie ameaçada de extinção papo-branco (Biatas nigropectus) encontra abrigo nas matas do Parque.  
Foram registrados mamíferos como tatu galinha (Dasypus novemcintus), mão-pelada (Procyon cancrivorus), graxaim (Cerdocyon thous), cutia (Dazyprocta azarae) veado-virá (Mazama gouazoubira), veado-poca (Mazama nana), bugio (Alouatta guariba), macaco-prego (Cebus nigritus), puma (Puma concolor), paca (Cuniculus paca) e cateto (Pecari tajacu).  
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Foram registrados mamíferos como tatu galinha (Dasypus novemcintus), mão-pelada (Procyon cancrivorus), graxaim (Cerdocyon thous), cutia (Dazyprocta azarae) veado-virá (Mazama gouazoubira), veado-poca (Mazama nana), bugio (Alouatta guariba), macaco-prego (Cebus nigritus), puma (Puma concolor), paca (Cuniculus paca) e cateto (Pecari tajacu).
 
 
 
|Threats and problems=Caça, ocorrências de espécies exóticas invasoras e uso desordenado, principalmente da Trilha da Serra Furada.
 
|Threats and problems=Caça, ocorrências de espécies exóticas invasoras e uso desordenado, principalmente da Trilha da Serra Furada.
 
|Sources=EPAGRI. Dados e Informações Biofísicas da Unidade de Planejamento Regional Litoral Sul Catarinense – UPR 8. .  Florianópolis: Epagri, 2001. 81.
 
|Sources=EPAGRI. Dados e Informações Biofísicas da Unidade de Planejamento Regional Litoral Sul Catarinense – UPR 8. .  Florianópolis: Epagri, 2001. 81.

Edição das 19h56min de 9 de junho de 2015



Parque Estadual da Serra Furada
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Santa Catarina
Município: Orleans e Grão Pará
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1.329 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Nº 11.233, de 20 de junho de 1980.
Coordenação regional / Vinculação: FATMA
Contatos: serrafurada@fatma.sc.gov.br

(48) 9172-8817

Localização

Como chegar

Ingressos

O parque não está aberto à visitação.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

i. Proporcionar a proteção e o controle ambientais necessários para a preservação da integridade de sua biota, por meio da fiscalização eficiente, tendo a visitação e as ações de educação ambiental como instrumento estratégico para este fim; ii. Propiciar o uso público em contato com a natureza em caráter recreativo e educacional, que proporcione segurança e experiência positiva a visitantes de públicos diversos; iii. Promover a interpretação e a educação ambiental, respectivamente dentro e fora dos limites do PAESF, proporcionando a adequação e o desenvolvimento do uso público hoje existente, sobretudo na Trilha da Serra Furada; iv. Garantir a infraestrutura necessária para promover e facilitar o desenvolvimento de pesquisas que subsidiem a gestão e o planejamento da Unidade ou que apresentem relevância para a conservação biológica; v. Consolidar a regularização fundiária do PAESF junto à Secretaria do Patrimônio da União, para proporcionar a consolidação territorial da UC; vi. Promover a integração de ações com o PARNA de São Joaquim, com destaque para as áreas de uso público, pesquisa, controle ambiental e relações com as comunidades do entorno; vii. Apoiar o desenvolvimento do turismo ecológico no entorno, como forma de incentivo ao desenvolvimento de alternativas econômicas compatíveis aos objetivos de conservação e de manejo do PAESF, promovendo no Parque um modelo de conduta de visitação em ambiente natural; viii. Propor e apoiar o desenvolvimento e a implementação de uma estratégia para elaboração de um roteiro turístico regional, integrando o PAESF e o PARNA de São Joaquim aos demais polos turísticos da região, com foco na conservação do ambiente natural e na promoção da cultura e economia locais; ix. Colaborar com iniciativas de uso e de ocupação do solo compatíveis com os objetivos do PAESF em sua zona de amortecimento e região de abrangência.

Histórico

Atrações

O parque atualmente não está aberto à visitação. Estão em andamento ações para estruturação de duas trilhas do parque, dentre elas a Trilha da Serra Furada.

Aspectos naturais

Na região onde está inserido o Parque os meses quentes (com temperaturas máximas médias acima de 25ºC) são janeiro, fevereiro, março e dezembro. Julho é o mês mais frio, com média de temperatura mínima de 7,8ºC em Orleans. A geomorfologia do PAESF é caracterizada por relevo escarpado nas áreas mais elevadas juntamente com vales íngremes, evidenciados por forte erosão fluvial, o que remonta às formações geológicas da Serra Geral e Botucatu. Nas áreas onde predominam as rochas sedimentares, a superfície é caracterizada por formas de colinas arredondadas. Seu relevo extremamente acidentado, com altitudes que variam de 400 a 1480m, lhe confere grande beleza cênica, tornando o Parque um local de grande potencial turístico. Devido a sua localização geográfica, a umidade relativa do ar é alta, em torno de 85%, resultando em uma pluviosidade anual média de 1500 mm. O Parque contribui para a preservação de inúmeras nascentes de importantes rios locais, que confluem para o rio Tubarão, como as nascentes dos rios Minador, do Meio e Braço Esquerdo.

Relevo e clima

O clima da região sul de Santa Catarina é classificado segundo a Classificação Climática de Köppen (1948) como Cfa, ou seja, clima subtropical constantemente úmido, sem estação seca, com verão quente, apresentando a temperatura média do mês mais quente superior a 22,0ºC. A temperatura média normal anual varia de 17,0 a 19,3ºC, a média normal das máximas varia de 23,4 a 25,9ºC e das mínimas de 12,0 a 15,1ºC. O índice pluviométrico varia de 1220 a 1660 mm, com total anual de dias de chuva entre 102 e 150. A umidade relativa do ar pode apresentar variação de 81,4 a 82,2% (Epagri, 2001).

Fauna e flora

A formação vegetacional característica Parque Estadual da Serra Furada é a Floresta Ombrófila Densa, envolvendo as formações Submontana, Montana e Altomontana. Ressaltam-se ainda os tipos especiais de vegetação pioneira estabelecidos nos paredões rochosos extremamente íngremes (alguns verticais) da Serra Geral, denominados em seu conjunto como Vegetação Rupícola ou Refúgios Vegetacionais por estarem associados intrinsecamente a substratos rochosos. Espécies raras e ameaçadas de extinção como canela-preta (Ocotea catharinensis), sassafrás (Ocotea odorifera), palmiteiro-jussara (Euterpe edulis), xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana), begônia de Saint’Hilaire (Begonia hillariana), araçazeiro (Psidium longipetiolatum) e urtigão-da-serra (Gunnera manicata) encontram-se protegidas dentro dos limites do Parque. Estudos preliminares desenvolvidos para subsidiar o Plano de Manejo indicaram a presença de 23 espécies de anfíbios e 14 de répteis no Parque e em seu entorno. Espécies de anfíbios endêmicas da Serra Geral e de importância para conservação, como Cycloramphus valae e Thoropa saxatilis são de prováveis ocorrência para o local. Hylodes meridionalis e Hypsiboas marginatus, outras duas espécies endêmicas da Serra Geral, foram registradas no local. Quanto às aves, a lista preliminar do Parque conta com 174 espécies, representando 9,5% das aves brasileiras e 27,2% das aves catarinenses. Foram registradas 39 espécies endêmicas do bioma Mata Atlântica. A espécie ameaçada de extinção papo-branco (Biatas nigropectus) encontra abrigo nas matas do Parque. Foram registrados mamíferos como tatu galinha (Dasypus novemcintus), mão-pelada (Procyon cancrivorus), graxaim (Cerdocyon thous), cutia (Dazyprocta azarae) veado-virá (Mazama gouazoubira), veado-poca (Mazama nana), bugio (Alouatta guariba), macaco-prego (Cebus nigritus), puma (Puma concolor), paca (Cuniculus paca) e cateto (Pecari tajacu).

Problemas e ameaças

Caça, ocorrências de espécies exóticas invasoras e uso desordenado, principalmente da Trilha da Serra Furada.

Fontes

EPAGRI. Dados e Informações Biofísicas da Unidade de Planejamento Regional Litoral Sul Catarinense – UPR 8. . Florianópolis: Epagri, 2001. 81.

FATMA. Relatório Temático da Herpetofauna. In: FATMA (Ed.). Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra Furada. Florianópolis, 2010. p.23.