Mudanças entre as edições de "Parque Estadual da Ilha Grande"
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+ | |How to get there=A partir da BR-101, o acesso à Ilha Grande pode ser feito a partir dos municípios de Mangaratiba e de Angra dos Reis. Não é possível entrar no parque com veículo. A travessia pode ser feita nas barcas da concessionária CCR Barcas, que levam ao cais da Vila do Abraão, um pequeno núcleo urbano situado na costa nordeste da ilha, em que se localiza a sede do parque. | ||
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+ | Fique sabendo: de Mangaratiba para o Abraão, as barcas saem diariamente às 8h. Às sextas-feiras, há também o horário de 22h. No sentido contrário, do Abraão para Mangaratiba, o embarque é às 17h30, diariamente. | ||
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+ | De Angra dos Reis, nos dias úteis, a barca sai às 15h30h. Nos finais de semana e feriados, às 13h30m. Para voltar da ilha e desembarcar em Angra, a barca parte às 10h, do cais do Abraão, tanto nos dias úteis como nos fins de semana e feriados. | ||
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+ | O tempo estimado de viagem é de 80 minutos. | ||
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+ | Há também a opção de barcos particulares, partindo do distrito de Conceição de Jacareí, de Mangaratiba. | ||
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|Tickets=A entrada é gratuita. | |Tickets=A entrada é gratuita. | ||
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|Objectives=Preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica; Possibilitar a realização de pequisas cientificas e proporcionar o desenvolvimento de educação e interpretação ambiental, de recreação e contato com a natureza e de turismo ecológico. | |Objectives=Preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica; Possibilitar a realização de pequisas cientificas e proporcionar o desenvolvimento de educação e interpretação ambiental, de recreação e contato com a natureza e de turismo ecológico. | ||
|History=O local possui valiosos marcos históricos e culturais que podem ser visitados: as marcas em pedras onde os antepassados afiavam e poliam seus instrumentos; dois presídios; um aqueduto; reínas de fazendas; uma trilha com calçamento feito por escravos; além das ruínas do Lazareto, antiga fazenda comprada em 1884 por D. Pedro II, para receber e manter imigrantes vindo de países onde ocorriam doenças contagiosas. Em 1940 transformou-se na Colônia Penal Cândido Mendes, sendo demolido em 1962. | |History=O local possui valiosos marcos históricos e culturais que podem ser visitados: as marcas em pedras onde os antepassados afiavam e poliam seus instrumentos; dois presídios; um aqueduto; reínas de fazendas; uma trilha com calçamento feito por escravos; além das ruínas do Lazareto, antiga fazenda comprada em 1884 por D. Pedro II, para receber e manter imigrantes vindo de países onde ocorriam doenças contagiosas. Em 1940 transformou-se na Colônia Penal Cândido Mendes, sendo demolido em 1962. | ||
− | |Features= | + | |Features=Na área do parque estão mais de dez praias, além de costões rochosos, florestas, restingas, manguezais, rios, cachoeiras, lagoas, construções históricas e mais de 80 km de trilhas. O local propicia condições para aventuras terrestres, aquáticas, recreação, interpretação, aprendizagem, inspiração e relaxamento, graças às paisagens espetaculares, história e natureza ímpar, ao lado de diversas atrações. |
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+ | Alguns dos principais atrativos são: | ||
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+ | '''Praia Lopes Mendes''' | ||
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+ | Considerada uma das praias mais bonitas do mundo, com seus 3 km de areia muito fina e clara e mar agitado, é um convite para prática de surf. O acesso pode ser feito pelas praias de Palmas e Pouso. Existem embarcações que saem do Abraão e podem levar até 50 minutos até a Praia de Pouso, de onde há uma trilha de cerca de 15 minutos de acesso a Lopes Mendes. Para fazer a trilha completa, a partir da Vila do Abraão, são 7,8 km, com nível moderado. | ||
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+ | '''Praia Caxadaço''' | ||
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+ | A pequena praia fica protegida por costões. Um riacho de água limpa e uma estradinha de pedras, construída por escravos, completam a paisagem para aqueles que fazem a trilha saindo da Vila do Abraão. É uma das praias mais preservadas da Ilha Grande. O acesso pode ser feito por uma trilha do Abraão a Caxadaço, de 8,4 km. De barco, a partir da Vila do Abraão, pode levar até 2 horas. | ||
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+ | '''Dois Rios''' | ||
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+ | A praia é cercada de muito verde com um rio em cada lado, possibilitando ao visitante um banho de água-doce. | ||
+ | Do Presídio Cândido Mendes hoje só existem ruínas. As casas, antes moradia dos guardas, atualmente são ocupadas por moradores, pesquisadores e técnicos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). | ||
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+ | O Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS), da UERJ, é uma instalação de pesquisa, situado dentro da área do parque, que tem como objetivo promover pesquisa e desenvolvimento científico; ensino para alunos de graduação e pós-graduação, atividades de extensão e projetos que visam ao desenvolvimento sustentável da Ilha. Saindo do Abraão pela Estrada da Colônia, são 8,3 km para chegar ao atrativo. | ||
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+ | '''Pico do Papagaio''' | ||
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+ | Com 959 metros, o afloramento rochoso granítico visto de longe parece um bico de papagaio. De seu topo é possível apreciar toda a baía da Ilha Grande. É um dos seus símbolos e por isso está presente na logomarca do parque. A trilha para alcançá-lo é pesada e a contratação de um guia é recomendada. Tempo total, ida e volta, entre 3h30m e 5 horas. | ||
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+ | '''Cachoeira da Feiticeira''' | ||
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+ | Com uma queda-d’água de aproximadamente 15 m de altura, é uma das cachoeiras mais visitadas do parque, tanto para banho como para a atividade de rapel. Seu acesso se dá por uma trilha de nível moderado, cerca de 2,8 km, com subidas e descidas por uma mata preservada. | ||
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+ | '''Circuito Abraão''' | ||
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+ | É composto por uma trilha circular em que estão localizados os atrativos mais acessíveis do parque. Tem a extensão de 1,8 km, com inclinações leves, que exigem pouco esforço físico. As principais atrações são: Praia Preta, Amolares, Ruínas do Lazareto, Aqueduto (datando de 1893), Poção e mais dois mirantes: o Mirante do Aqueduto e o Mirante da Praia Preta, considerado um excelente local para avistar aves. | ||
+ | |Natural aspects=A Mata Atlântica densa reveste mais de 90% da área do Parque Estadual da Ilha Grande, sendo o restante ocupado por restingas, brejos, manguezais e vegetação sobre afloramentos rochosos. | ||
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+ | A Ilha Grande apresenta dezenas de rios com pequena extensão, regime torrencial e declividade elevada em grande parte do percurso. Os rios que fluem para o sul estão integralmente no PEIG ou na Reserva Biológica da Praia do Sul. Todos os demais nascem no PEIG e nele desenvolvem grande parte de seus trajetos. Embora alguns sejam localmente chamados de rios, observa-se que na Ilha Grande existem apenas córregos, riachos e regatos. | ||
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+ | As rochas que constituem as montanhas da Ilha Grande datam de 630-480 milhões de anos atrás, quando ocorreram sucessivas colisões de placas tectônicas. Há 80 e 40 milhões de anos, vários fenômenos geológicos ocorreram na região onde se localiza a Ilha Grande. Nessa época, os movimentos verticais da crosta, atuantes desde a abertura do Atlântico Sul criaram a Serra do Mar e, em consequência, as montanhas que um dia comporiam a Ilha Grande. | ||
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+ | A Ilha Grande dispõe de diversas cavidades naturais pequenas, terrestres e litorâneas. As terrestres são constituídas por espaços entre blocos rochosos amontoados, enquanto entre as litorâneas encontram-se aquelas geradas pela erosão das ondas. As mais conhecidas são a Gruta do Acaiá, localizada fora do PEIG, e a Toca das Cinzas, que liga Dois Rios e Parnaioca. Grutas de grande beleza podem ser observadas no costão rochoso entre a Parnaioca e Dois Rios, todas de acesso difícil devido às ondas. | ||
|Geography and climate=A paisagem do parque é constituída por um conjunto de montanhas e pequenas planícies, sulcadas por centenas de riachos de águas límpidas, com pequenos poços, corredeiras e cachoeiras. | |Geography and climate=A paisagem do parque é constituída por um conjunto de montanhas e pequenas planícies, sulcadas por centenas de riachos de águas límpidas, com pequenos poços, corredeiras e cachoeiras. | ||
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+ | O clima da Ilha Grande é tropical, quente e úmido, sem estação seca. A altitude, o posicionamento do relevo em relação ao continente e ao oceano, a proximidade do mar e a direção das massas de ar combinam-se para produzir microclimas e variações de regime pluvial (chuva orográfica), de temperatura e de circulação dos ventos a curtas distâncias. A Ilha Grande está sujeita a chuvas durante o ano todo, com maior concentração no verão, de dezembro a março, e menor no inverno, de junho a agosto. A variação da chuva ao longo do ano decorre, principalmente, das perturbações de frentes frias e das frentes tropicais. | ||
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+ | A temperatura média anual varia entre 20° e 26° C, apresenta pequena variação ao longo do ano, sendo julho o mês mais frio (20,2°C) e fevereiro o mais quente (26,4°C). | ||
+ | |Fauna and flora='''Fauna''' | ||
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+ | Os animais não se distribuem de maneira uniforme pelo parque porque a vegetação, o relevo, os solos e o clima criam diferentes habitats. A vegetação é um mosaico, com cada parte tendo diferentes formações e idades cronológicas. Os períodos de atividade são também distintos e muitos animais estão ativos somente à noite. | ||
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+ | O animal símbolo do PEIG é o bugio (''Alouatta guariba''), um macaco também conhecido como guariba ou barbado, espécie criticamente em risco de extinção. Além do bugio, existem no parque outras espécies reconhecidas como raras ou com de extinção, como o ouriço-cacheiro, jaguatirica e lontra. Há também espécies endêmicas (que ocorrem apenas no local), como a rã-de-fredy (''Hylodes fredi''). Na avifauna destacam-se espécies como o tangará dançarino, araponga, pavó, maitaca, tiriba, martim-pescador, gavião-pomba e bacurau. Nas regiões praianas ou junto ao mangue são comuns socós, atobá e tesourão. | ||
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+ | Os maiores animais são capivaras, jacarés-do-papo-amarelo, bugios, macacos-prego, pacas, cutias, urubu-rei e gaviões-mico, além de lontras, jaguatiricas, quatis e a preguiça-comum. A avifauna possui várias espécies raras e ameaçadas de extinção, como o pavó, o chauá e o gavião-pomba. | ||
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+ | A Mata Atlântica densa reveste mais de 90% da área do Parque Estadual da Ilha Grande, sendo o restante ocupado por restingas, brejos, manguezais e vegetação sobre afloramentos rochosos. As florestas do parque apresentam distintas alturas, espaçamentos e densidade de árvores e arbustos. Esta variedade é reflexo de um conjunto de fatores, como altitude, espessura e fertilidade do solo, proximidade do mar, inclinação da encosta, exposição ao sol, ventos e chuvas, bem como das diferenciadas formas e intensidades de degradação causada pelo homem no passado. Uma parte especial do parque, situada na parte superior das montanhas, abriga florestas em excelente estado de conservação. | ||
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+ | A flora é composta por mais de 250 espécies de árvores, como o angico (''Anadenanthera colubrina'') e o ipê-amarelo (''Tabebuia chrysotricha''), além de milhares de espécies de arbustos, cipós, trepadeiras, bromélias, orquídeas, ervas, samambaias, liquens, musgos e fungos. Destacam-se árvores como jacarandás, sapucaias, cedros, maçarandubas, guapuruvus, ipês amarelo, roxo e branco, araribás, caixetas, canelas, copaíbas, ingás, jatobás, jequitibás, muricis, murtas, pau-de-alho, jacatirão. A vegetação de restinga pode ser encontrada atrás das praias de Lopes Mendes, do Leste e da Parnaioca, enquanto os manguezais aparecem nas praias do Sul e do Leste, Dois Rios e Parnaioca, e fora da área de parque, no Saco do Céu. | ||
+ | |Threats and problems=Há espécies ameaçadas de extinção, como o gavião-pombo (''Amadonastur lacernulatus'') e o macaco Bugio (''Alouatta guariba clamitans'') que é símbolo do parque. | ||
|Sources=Plano de manejo do PEIG > http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/BIODIVERSIDADEEAREASPROTEGIDAS/UnidadesdeConservacao/INEA_008595#/PlanodeManejo | |Sources=Plano de manejo do PEIG > http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/BIODIVERSIDADEEAREASPROTEGIDAS/UnidadesdeConservacao/INEA_008595#/PlanodeManejo | ||
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− | Parque Estadual da Ilha Grande | + | [[Categoria:Parque Estadual da Ilha Grande]] |
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Edição atual tal como às 17h17min de 3 de janeiro de 2018
O Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG) é o segundo maior parque insular do país e ocupa cerca de 62,5% da Ilha Grande. Sua importância para a proteção e conservação da biodiversidade fez com que fosse reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Unesco, como parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, em 1992. O parque foi criado em 1971 e teve seu território modificado pela última vez em 2007, com 12.052 hectares.
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Parque Estadual da Ilha Grande |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Rio de Janeiro |
Município: Angra dos Reis |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 12.052 hectares |
Diploma legal de criação: Criado pelo Decreto Estadual nº15.273, de 26 de junho de 1971. Seus limites foram revistos posteriormente pelo Decreto Estadual nº 40.602, de 12 de fevereiro de 2007. |
Coordenação regional / Vinculação: Inea - Instituto Estadual do Ambiente / Dibap - Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas |
Contatos: Telefone: (24) 3361 - 5540 / (24) 3361 - 5800
E-mail: falecompeig@gmail.com / peig@inea.rj.gov.br Twitter: @peilhagrande |
Índice
Localização
Localizada na região sul do estado do Rio de Janeiro, na baía de mesmo nome, a Ilha Grande pertence ao município de Angra dos Reis. É a maior ilha do Estado do Rio de Janeiro, com uma área de 193 km².
Sede administrativa: Av. Nacib Monteiro de Queiroz, s/nº - Vila do Abraão – Ilha Grande - Angra dos Reis – RJ.
Como chegar
A partir da BR-101, o acesso à Ilha Grande pode ser feito a partir dos municípios de Mangaratiba e de Angra dos Reis. Não é possível entrar no parque com veículo. A travessia pode ser feita nas barcas da concessionária CCR Barcas, que levam ao cais da Vila do Abraão, um pequeno núcleo urbano situado na costa nordeste da ilha, em que se localiza a sede do parque.
Fique sabendo: de Mangaratiba para o Abraão, as barcas saem diariamente às 8h. Às sextas-feiras, há também o horário de 22h. No sentido contrário, do Abraão para Mangaratiba, o embarque é às 17h30, diariamente.
De Angra dos Reis, nos dias úteis, a barca sai às 15h30h. Nos finais de semana e feriados, às 13h30m. Para voltar da ilha e desembarcar em Angra, a barca parte às 10h, do cais do Abraão, tanto nos dias úteis como nos fins de semana e feriados.
O tempo estimado de viagem é de 80 minutos.
Há também a opção de barcos particulares, partindo do distrito de Conceição de Jacareí, de Mangaratiba.
Do cais do Abraão ao Centro de Visitantes/Administração do Parque Estadual da Ilha Grande é uma caminhada de menos de 10 minutos.
Ingressos
A entrada é gratuita.
Horário de visitação: De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Onde ficar
Existem povoados em Ilha Grande onde há diversas opções de hospedagem, desde pousadas até albergues.
Objetivos específicos da unidade
Preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica; Possibilitar a realização de pequisas cientificas e proporcionar o desenvolvimento de educação e interpretação ambiental, de recreação e contato com a natureza e de turismo ecológico.
Histórico
O local possui valiosos marcos históricos e culturais que podem ser visitados: as marcas em pedras onde os antepassados afiavam e poliam seus instrumentos; dois presídios; um aqueduto; reínas de fazendas; uma trilha com calçamento feito por escravos; além das ruínas do Lazareto, antiga fazenda comprada em 1884 por D. Pedro II, para receber e manter imigrantes vindo de países onde ocorriam doenças contagiosas. Em 1940 transformou-se na Colônia Penal Cândido Mendes, sendo demolido em 1962.
Atrações
Na área do parque estão mais de dez praias, além de costões rochosos, florestas, restingas, manguezais, rios, cachoeiras, lagoas, construções históricas e mais de 80 km de trilhas. O local propicia condições para aventuras terrestres, aquáticas, recreação, interpretação, aprendizagem, inspiração e relaxamento, graças às paisagens espetaculares, história e natureza ímpar, ao lado de diversas atrações.
Alguns dos principais atrativos são:
Praia Lopes Mendes
Considerada uma das praias mais bonitas do mundo, com seus 3 km de areia muito fina e clara e mar agitado, é um convite para prática de surf. O acesso pode ser feito pelas praias de Palmas e Pouso. Existem embarcações que saem do Abraão e podem levar até 50 minutos até a Praia de Pouso, de onde há uma trilha de cerca de 15 minutos de acesso a Lopes Mendes. Para fazer a trilha completa, a partir da Vila do Abraão, são 7,8 km, com nível moderado.
Praia Caxadaço
A pequena praia fica protegida por costões. Um riacho de água limpa e uma estradinha de pedras, construída por escravos, completam a paisagem para aqueles que fazem a trilha saindo da Vila do Abraão. É uma das praias mais preservadas da Ilha Grande. O acesso pode ser feito por uma trilha do Abraão a Caxadaço, de 8,4 km. De barco, a partir da Vila do Abraão, pode levar até 2 horas.
Dois Rios
A praia é cercada de muito verde com um rio em cada lado, possibilitando ao visitante um banho de água-doce. Do Presídio Cândido Mendes hoje só existem ruínas. As casas, antes moradia dos guardas, atualmente são ocupadas por moradores, pesquisadores e técnicos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS), da UERJ, é uma instalação de pesquisa, situado dentro da área do parque, que tem como objetivo promover pesquisa e desenvolvimento científico; ensino para alunos de graduação e pós-graduação, atividades de extensão e projetos que visam ao desenvolvimento sustentável da Ilha. Saindo do Abraão pela Estrada da Colônia, são 8,3 km para chegar ao atrativo.
Pico do Papagaio
Com 959 metros, o afloramento rochoso granítico visto de longe parece um bico de papagaio. De seu topo é possível apreciar toda a baía da Ilha Grande. É um dos seus símbolos e por isso está presente na logomarca do parque. A trilha para alcançá-lo é pesada e a contratação de um guia é recomendada. Tempo total, ida e volta, entre 3h30m e 5 horas.
Cachoeira da Feiticeira
Com uma queda-d’água de aproximadamente 15 m de altura, é uma das cachoeiras mais visitadas do parque, tanto para banho como para a atividade de rapel. Seu acesso se dá por uma trilha de nível moderado, cerca de 2,8 km, com subidas e descidas por uma mata preservada.
Circuito Abraão
É composto por uma trilha circular em que estão localizados os atrativos mais acessíveis do parque. Tem a extensão de 1,8 km, com inclinações leves, que exigem pouco esforço físico. As principais atrações são: Praia Preta, Amolares, Ruínas do Lazareto, Aqueduto (datando de 1893), Poção e mais dois mirantes: o Mirante do Aqueduto e o Mirante da Praia Preta, considerado um excelente local para avistar aves.
Aspectos naturais
A Mata Atlântica densa reveste mais de 90% da área do Parque Estadual da Ilha Grande, sendo o restante ocupado por restingas, brejos, manguezais e vegetação sobre afloramentos rochosos.
A Ilha Grande apresenta dezenas de rios com pequena extensão, regime torrencial e declividade elevada em grande parte do percurso. Os rios que fluem para o sul estão integralmente no PEIG ou na Reserva Biológica da Praia do Sul. Todos os demais nascem no PEIG e nele desenvolvem grande parte de seus trajetos. Embora alguns sejam localmente chamados de rios, observa-se que na Ilha Grande existem apenas córregos, riachos e regatos.
As rochas que constituem as montanhas da Ilha Grande datam de 630-480 milhões de anos atrás, quando ocorreram sucessivas colisões de placas tectônicas. Há 80 e 40 milhões de anos, vários fenômenos geológicos ocorreram na região onde se localiza a Ilha Grande. Nessa época, os movimentos verticais da crosta, atuantes desde a abertura do Atlântico Sul criaram a Serra do Mar e, em consequência, as montanhas que um dia comporiam a Ilha Grande.
A Ilha Grande dispõe de diversas cavidades naturais pequenas, terrestres e litorâneas. As terrestres são constituídas por espaços entre blocos rochosos amontoados, enquanto entre as litorâneas encontram-se aquelas geradas pela erosão das ondas. As mais conhecidas são a Gruta do Acaiá, localizada fora do PEIG, e a Toca das Cinzas, que liga Dois Rios e Parnaioca. Grutas de grande beleza podem ser observadas no costão rochoso entre a Parnaioca e Dois Rios, todas de acesso difícil devido às ondas.
Relevo e clima
A paisagem do parque é constituída por um conjunto de montanhas e pequenas planícies, sulcadas por centenas de riachos de águas límpidas, com pequenos poços, corredeiras e cachoeiras.
Clima
O clima da Ilha Grande é tropical, quente e úmido, sem estação seca. A altitude, o posicionamento do relevo em relação ao continente e ao oceano, a proximidade do mar e a direção das massas de ar combinam-se para produzir microclimas e variações de regime pluvial (chuva orográfica), de temperatura e de circulação dos ventos a curtas distâncias. A Ilha Grande está sujeita a chuvas durante o ano todo, com maior concentração no verão, de dezembro a março, e menor no inverno, de junho a agosto. A variação da chuva ao longo do ano decorre, principalmente, das perturbações de frentes frias e das frentes tropicais.
A temperatura média anual varia entre 20° e 26° C, apresenta pequena variação ao longo do ano, sendo julho o mês mais frio (20,2°C) e fevereiro o mais quente (26,4°C).
Fauna e flora
Fauna
Os animais não se distribuem de maneira uniforme pelo parque porque a vegetação, o relevo, os solos e o clima criam diferentes habitats. A vegetação é um mosaico, com cada parte tendo diferentes formações e idades cronológicas. Os períodos de atividade são também distintos e muitos animais estão ativos somente à noite.
O animal símbolo do PEIG é o bugio (Alouatta guariba), um macaco também conhecido como guariba ou barbado, espécie criticamente em risco de extinção. Além do bugio, existem no parque outras espécies reconhecidas como raras ou com de extinção, como o ouriço-cacheiro, jaguatirica e lontra. Há também espécies endêmicas (que ocorrem apenas no local), como a rã-de-fredy (Hylodes fredi). Na avifauna destacam-se espécies como o tangará dançarino, araponga, pavó, maitaca, tiriba, martim-pescador, gavião-pomba e bacurau. Nas regiões praianas ou junto ao mangue são comuns socós, atobá e tesourão.
Os maiores animais são capivaras, jacarés-do-papo-amarelo, bugios, macacos-prego, pacas, cutias, urubu-rei e gaviões-mico, além de lontras, jaguatiricas, quatis e a preguiça-comum. A avifauna possui várias espécies raras e ameaçadas de extinção, como o pavó, o chauá e o gavião-pomba.
Flora
A Mata Atlântica densa reveste mais de 90% da área do Parque Estadual da Ilha Grande, sendo o restante ocupado por restingas, brejos, manguezais e vegetação sobre afloramentos rochosos. As florestas do parque apresentam distintas alturas, espaçamentos e densidade de árvores e arbustos. Esta variedade é reflexo de um conjunto de fatores, como altitude, espessura e fertilidade do solo, proximidade do mar, inclinação da encosta, exposição ao sol, ventos e chuvas, bem como das diferenciadas formas e intensidades de degradação causada pelo homem no passado. Uma parte especial do parque, situada na parte superior das montanhas, abriga florestas em excelente estado de conservação.
A flora é composta por mais de 250 espécies de árvores, como o angico (Anadenanthera colubrina) e o ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), além de milhares de espécies de arbustos, cipós, trepadeiras, bromélias, orquídeas, ervas, samambaias, liquens, musgos e fungos. Destacam-se árvores como jacarandás, sapucaias, cedros, maçarandubas, guapuruvus, ipês amarelo, roxo e branco, araribás, caixetas, canelas, copaíbas, ingás, jatobás, jequitibás, muricis, murtas, pau-de-alho, jacatirão. A vegetação de restinga pode ser encontrada atrás das praias de Lopes Mendes, do Leste e da Parnaioca, enquanto os manguezais aparecem nas praias do Sul e do Leste, Dois Rios e Parnaioca, e fora da área de parque, no Saco do Céu.
Problemas e ameaças
Há espécies ameaçadas de extinção, como o gavião-pombo (Amadonastur lacernulatus) e o macaco Bugio (Alouatta guariba clamitans) que é símbolo do parque.
Fontes
Plano de manejo do PEIG > http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/BIODIVERSIDADEEAREASPROTEGIDAS/UnidadesdeConservacao/INEA_008595#/PlanodeManejo