Mudanças entre as edições de "Parque Nacional de Anavilhanas"
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|Legal documents=Decreto nº 86.061 de 02 de junho de 1981 (ESEC Anavilhanas); Lei nº 11.799, de 29 de Outubro de 2008 (Recategorização para Parque). | |Legal documents=Decreto nº 86.061 de 02 de junho de 1981 (ESEC Anavilhanas); Lei nº 11.799, de 29 de Outubro de 2008 (Recategorização para Parque). | ||
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|How to get there=A partir de Manaus de carro: Atravessar a ponte sobre o rio Negro, seguir pela AM-070 em direção a Manacapuru (86 km aprox.) e depois, em um entroncamento virar à direita pela AM-352 em direção a Novo Airão (mais 98 km). | |How to get there=A partir de Manaus de carro: Atravessar a ponte sobre o rio Negro, seguir pela AM-070 em direção a Manacapuru (86 km aprox.) e depois, em um entroncamento virar à direita pela AM-352 em direção a Novo Airão (mais 98 km). | ||
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|Objectives=Preservar o arquipélago fluvial de Anavilhanas bem como suas diversas formações florestais, estimular a produção de conhecimento através da pesquisa científica e promover a valorização da importância do Parque Nacional para conservação através da educação ambiental e turismo sustentável, buscando harmonizar as relações entre as comunidades do entorno e a Unidade com ações de bases sustentáveis. | |Objectives=Preservar o arquipélago fluvial de Anavilhanas bem como suas diversas formações florestais, estimular a produção de conhecimento através da pesquisa científica e promover a valorização da importância do Parque Nacional para conservação através da educação ambiental e turismo sustentável, buscando harmonizar as relações entre as comunidades do entorno e a Unidade com ações de bases sustentáveis. | ||
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|History=No século XVII viviam na região entre o rio Negro, o Japurá e o Solimões, os índios Cauauri (Caraiais e Caburicenas). As tribos aruaque também atuavam ao intermediar trocas entre outros grupos regionais como os Yurimáguas (no rio Tapajós e rio Solimões) e os Guaranaguas (rio Branco). | |History=No século XVII viviam na região entre o rio Negro, o Japurá e o Solimões, os índios Cauauri (Caraiais e Caburicenas). As tribos aruaque também atuavam ao intermediar trocas entre outros grupos regionais como os Yurimáguas (no rio Tapajós e rio Solimões) e os Guaranaguas (rio Branco). | ||
Em 1786 em Airão, viviam aldeados os índios Aruaques, Manaos, Barés e Ticunas, e alguns comerciantes descendentes de europeus, além dos padres, que somavam uma população de 148 habitantes e 22 residências. | Em 1786 em Airão, viviam aldeados os índios Aruaques, Manaos, Barés e Ticunas, e alguns comerciantes descendentes de europeus, além dos padres, que somavam uma população de 148 habitantes e 22 residências. | ||
− | Existem inúmeros sítios arqueológicos ainda não estudados na região. A Unidade foi | + | Existem inúmeros sítios arqueológicos ainda não estudados na região. A Unidade foi criada como Estação Ecológica e posteriormente recategorizada para Parque Nacional pela Lei 11.799 de 29 de outubro de 2008. |
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+ | Em 2017 foi designado como Sítio Ramsar - área úmida de importância internacional. | ||
+ | |Features=O turismo no Parque Nacional de Anavilhanas é intenso devido a sua proximidade com Manaus, capital do Amazonas. Porém, suas áreas abertas ao turismo são restritas e a visitação deve ter caráter educativo, segundo o Plano de Manejo da Unidade, que se encontra em processo de atualização. | ||
Os maiores atrativos são as praias no período de seca (de setembro a fevereiro), trilhas aquáticas de igapó (cerca de 400 ilhas) e trilhas terrestres que ainda não estão abertas à visitação. | Os maiores atrativos são as praias no período de seca (de setembro a fevereiro), trilhas aquáticas de igapó (cerca de 400 ilhas) e trilhas terrestres que ainda não estão abertas à visitação. | ||
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Esse ambiente possui muitos microhabitats, cada um formando estandes que podem chegar a mais de 2 km de extensão nas margens dos ambientes aquáticos. A área possui cerca de 70 lagos, em geral alongados e de formato elíptico, devido ao processo de formação das ilhas do arquipélago. | Esse ambiente possui muitos microhabitats, cada um formando estandes que podem chegar a mais de 2 km de extensão nas margens dos ambientes aquáticos. A área possui cerca de 70 lagos, em geral alongados e de formato elíptico, devido ao processo de formação das ilhas do arquipélago. | ||
− | A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira | + | A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção, sem contar os significativos níveis de biodiversidade. |
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|Fauna and flora=Na lista de espécies ameaçadas que estão protegidas nesta UC, se destacam: o maracajá-peludo, o tamanduá-bandeira, a onça-pintada, o tatu-canastra, a ariranha e o peixe-boi-da-Amazônia. | |Fauna and flora=Na lista de espécies ameaçadas que estão protegidas nesta UC, se destacam: o maracajá-peludo, o tamanduá-bandeira, a onça-pintada, o tatu-canastra, a ariranha e o peixe-boi-da-Amazônia. | ||
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A visitação é uma realidade, em função das características geográficas da UC – um arquipélago fluvial por onde passar uma hidrovia com mais de 60 comunidades no entorno. Contudo, o controle da atividade turísticas ainda não está regulamentada. | A visitação é uma realidade, em função das características geográficas da UC – um arquipélago fluvial por onde passar uma hidrovia com mais de 60 comunidades no entorno. Contudo, o controle da atividade turísticas ainda não está regulamentada. | ||
− | + | O PARNA Anavilhanas é uma das poucas unidades de conservação no Brasil com situação fundiária resolvida e resultou da combinação de áreas estaduais e federais cedidas pelo Serviço do Patrimônio da União à extinta Secretaria do Meio Ambiente do Ministério do Interior para a atividade específica de Estação Ecológica e posteriormente Parque. | |
Pela Lei Estadual n° 1.311 de 18/12/1978, o governo do Amazonas cedeu 42.500 hectares na parte noroeste da Estação Ecológica ao Patrimônio da União, que por sua vez cedeu esse imóvel, após a arrecadação das terras pelo INCRA. | Pela Lei Estadual n° 1.311 de 18/12/1978, o governo do Amazonas cedeu 42.500 hectares na parte noroeste da Estação Ecológica ao Patrimônio da União, que por sua vez cedeu esse imóvel, após a arrecadação das terras pelo INCRA. | ||
− | + | Pode-se destacar a caça, a pesca, a captura de quelônios e ovos, a extração de madeira, o turismo desordenado e o lixo jogado por visitantes e por moradores da cidade e das comunidades de entorno como as principais pressões que envolvem a UC. | |
As atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar, assim como a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região. As práticas culturais as crenças e os usos tradicionais estão em conflito com a categoria e os objetivos da UC, sendo ainda que valor de mercado de recursos da UC é alto. | As atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar, assim como a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região. As práticas culturais as crenças e os usos tradicionais estão em conflito com a categoria e os objetivos da UC, sendo ainda que valor de mercado de recursos da UC é alto. | ||
− | O turismo tende a aumentar drasticamente a longo prazo. A pesca, por sua vez, deve apresentar um aumento ligeiro a médio prazo (nos próximo 20 anos) | + | O turismo tende a aumentar drasticamente a longo prazo. A pesca, por sua vez, deve apresentar um aumento ligeiro a médio prazo (nos próximo 20 anos). |
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Plano de Manejo da Estação Ecológica de Anavilhanas, 1999 | Plano de Manejo da Estação Ecológica de Anavilhanas, 1999 | ||
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Edição atual tal como às 19h09min de 8 de agosto de 2018
O Parque Nacional de Anavilhanas têm um simbolismo muito importante para a região Norte, tendo uma paisagem incrível, com uma diversidade de formas, ao entardecer as águas calmas do Rio Negro criam verdadeiros espetáculos, transformando-se em um espelho do céu. Fora todas as suas belezas naturais, a fauna e flora são únicas, tendo um fator pouco estudado, o fato de que a vegetação da ,margem esquerda tem forte influência dos sedimentos e possíveis disseminação de sementes do Rio Branco, afluente da margem esquerda do Rio Negro, já na margem direita, a vegetação é mais parecida com a da Terra Firme.
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Parque Nacional de Anavilhanas |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Amazonas |
Município: Manaus e Novo Airão |
Categoria: Parque |
Bioma: Amazônia |
Área: 350.469,8 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto nº 86.061 de 02 de junho de 1981 (ESEC Anavilhanas); Lei nº 11.799, de 29 de Outubro de 2008 (Recategorização para Parque). |
Coordenação regional / Vinculação: Coordenação Regional 2 (CR2), Manaus. Órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) |
Contatos: Tel: (92) 3365-1345 Endereço sede: |
Índice
Localização
O Parque Nacional de Anavilhanas está localizado a 184 quilômetros da capital do Amazonas, Manaus, no município de Novo Airão.
Como chegar
A partir de Manaus de carro: Atravessar a ponte sobre o rio Negro, seguir pela AM-070 em direção a Manacapuru (86 km aprox.) e depois, em um entroncamento virar à direita pela AM-352 em direção a Novo Airão (mais 98 km).
As estradas são asfaltadas e as condições são razoavelmente boas o ano todo e o trajeto no máximo 2h:30.
De barco: barcos regionais e lanchas rápidas, que levam entre nove e três horas, respectivamente, até Novo Airão. Acesse o site: http://www.navegandoelendo.com.br/barcos.html.
Ingressos
Não há cobrança de ingressos no Parque.
Onde ficar
O site do ICMBio indica quatro opções de hospedagem:
Pousada Bela Vista: (92) 3365-1023
Pousada Cabocla: (92) 3365-1380
Pousada Recanto das Orquídeas: (92) 3304-4223
Anavilhanas Jungle Lodge: (92) 3365-1042/1180
Objetivos específicos da unidade
Preservar o arquipélago fluvial de Anavilhanas bem como suas diversas formações florestais, estimular a produção de conhecimento através da pesquisa científica e promover a valorização da importância do Parque Nacional para conservação através da educação ambiental e turismo sustentável, buscando harmonizar as relações entre as comunidades do entorno e a Unidade com ações de bases sustentáveis.
O Parque também tem a proposta de gerar renda para as comunidades que vivem em seu entorno.
Histórico
No século XVII viviam na região entre o rio Negro, o Japurá e o Solimões, os índios Cauauri (Caraiais e Caburicenas). As tribos aruaque também atuavam ao intermediar trocas entre outros grupos regionais como os Yurimáguas (no rio Tapajós e rio Solimões) e os Guaranaguas (rio Branco).
Em 1786 em Airão, viviam aldeados os índios Aruaques, Manaos, Barés e Ticunas, e alguns comerciantes descendentes de europeus, além dos padres, que somavam uma população de 148 habitantes e 22 residências. Existem inúmeros sítios arqueológicos ainda não estudados na região. A Unidade foi criada como Estação Ecológica e posteriormente recategorizada para Parque Nacional pela Lei 11.799 de 29 de outubro de 2008.
Em 2017 foi designado como Sítio Ramsar - área úmida de importância internacional.
Atrações
O turismo no Parque Nacional de Anavilhanas é intenso devido a sua proximidade com Manaus, capital do Amazonas. Porém, suas áreas abertas ao turismo são restritas e a visitação deve ter caráter educativo, segundo o Plano de Manejo da Unidade, que se encontra em processo de atualização.
Os maiores atrativos são as praias no período de seca (de setembro a fevereiro), trilhas aquáticas de igapó (cerca de 400 ilhas) e trilhas terrestres que ainda não estão abertas à visitação.
Segundo uma Portaria número 47, publicada em 9 de abril de 2012, de Ordenamento do Uso Público do Parque Nacional de Anavilhanas, estabelece, entre outras coisas, normas de ordenamento de licitações para empresas privadas que desejem atuar no Parque. A Portaria tornou pública a permissão das seguintes modalidades no Parque: trilha de terra firme, trilhas aquáticas, parada nas ilhas, observação de fauna, voo panorâmico, entre outros.
Aspectos naturais
A UC apresenta formações diversas como a Floresta Densa, vegetação Caatinga-gapó, além de ecossistemas fluviais e lacustres.
A área do Parque compreende 70% de florestas de terra firme e 30% de áreas de ilhas e igapó, legalmente protegidas. O Parque possui uma área de 350.000 hectares, que inclui o arquipélago de Anavilhanas dentro do rio Negro e uma extensa faixa de terra na margem esquerda do rio. O arquipélago cobre uma área aproximada de 100.000 hectares, dominado por igapó, uma floresta inundada sazonalmente por água preta e relativamente pobre em nutrientes.
Esse ambiente possui muitos microhabitats, cada um formando estandes que podem chegar a mais de 2 km de extensão nas margens dos ambientes aquáticos. A área possui cerca de 70 lagos, em geral alongados e de formato elíptico, devido ao processo de formação das ilhas do arquipélago.
A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção, sem contar os significativos níveis de biodiversidade.
Relevo e clima
As Anavilhanas são representantes do ecossistema de rios de águas pretas e de floresta tropical densa. A sua preservação é de extrema importância no que tange a conservação das reservas conhecidas como “matrizes de vida”. As bacias de águas negras são consideradas de equilíbrio frágil em relação aos outros sistemas ecológicos da região amazônica e aos da região dos trópicos úmidos.
Fauna e flora
Na lista de espécies ameaçadas que estão protegidas nesta UC, se destacam: o maracajá-peludo, o tamanduá-bandeira, a onça-pintada, o tatu-canastra, a ariranha e o peixe-boi-da-Amazônia.
O Parque apresentar uma lista de 232 espécies de aves, até então catalogadas.
Problemas e ameaças
A principal ameaça à área do Parque é a exploração de recursos naturais, como espécies de árvores e peixes de valor comercial. A “caça de subsistência” para a fauna de mamíferos e aves, incluindo algumas espécies associadas a ambientes aquáticos e as migratórias na Amazônia é realizada por moradores das comunidades no entorno do Parque e do município de Novo Airão.
As praias do rio Negro, durante a estação seca, também ocorre a coleta ilegal de ovos de aves. A proteção e conservação das praias e dos habitats com seus variados tipos de vegetação nas margens de ambientes aquáticos é fundamental para permitir a reprodução das populações de aves aquáticas residentes.
Como as unidades de conservação vizinhas a Anavilhanas não foram implantadas, continuam ocorrendo atividades de extrativismo e agricultura familiar (roças), que por enquanto não representam grandes impactos, mas que podem vir a se agravar caso não sejam manejadas adequadamente.
A visitação é uma realidade, em função das características geográficas da UC – um arquipélago fluvial por onde passar uma hidrovia com mais de 60 comunidades no entorno. Contudo, o controle da atividade turísticas ainda não está regulamentada.
O PARNA Anavilhanas é uma das poucas unidades de conservação no Brasil com situação fundiária resolvida e resultou da combinação de áreas estaduais e federais cedidas pelo Serviço do Patrimônio da União à extinta Secretaria do Meio Ambiente do Ministério do Interior para a atividade específica de Estação Ecológica e posteriormente Parque. Pela Lei Estadual n° 1.311 de 18/12/1978, o governo do Amazonas cedeu 42.500 hectares na parte noroeste da Estação Ecológica ao Patrimônio da União, que por sua vez cedeu esse imóvel, após a arrecadação das terras pelo INCRA.
Pode-se destacar a caça, a pesca, a captura de quelônios e ovos, a extração de madeira, o turismo desordenado e o lixo jogado por visitantes e por moradores da cidade e das comunidades de entorno como as principais pressões que envolvem a UC.
As atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar, assim como a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região. As práticas culturais as crenças e os usos tradicionais estão em conflito com a categoria e os objetivos da UC, sendo ainda que valor de mercado de recursos da UC é alto.
O turismo tende a aumentar drasticamente a longo prazo. A pesca, por sua vez, deve apresentar um aumento ligeiro a médio prazo (nos próximo 20 anos).
Fontes
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/356/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D86061.htm
http://uc.socioambiental.org/uc/564
Parque Nacional de Anavilhanas: http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/avesmigratorias/norte/Aves_anavilhanas.pdf
Plano de Manejo da Estação Ecológica de Anavilhanas, 1999 http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/pn_anavilhanas_esec.pdf
Ficha Ramsar - https://rsis.ramsar.org/ris/2296